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Pesquisadores estudam migração de dunas em Salinas

Na região Nordeste do Pará, existem 72 km² de dunas costeiras, entre os municípios de Curuçá e Bragança. A maior parte dessas dunas está estabilizada: coberta pela vegetação e não migra. Apenas uma área de 600 m² possui dunas móveis, na região da praia do

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Na região Nordeste do Pará, existem 72 km² de dunas costeiras, entre os municípios de Curuçá e Bragança. A maior parte dessas dunas está estabilizada: coberta pela vegetação e não migra. Apenas uma área de 600 m² possui dunas móveis, na região da praia do Atalaia no município de Salinópolis, tornando a paisagem singular em todo o Estado. A alta velocidade do vento também torna a região de Salinópolis promissora para a prática de esportes radicais como o kitesurf e windsurf, bem como a implantação de turbinas que geram energia elétrica a partir dos ventos.

Porque estas dunas ocorrem apenas nesta região? Quais os fatores responsáveis pela estabilização das dunas no nosso Estado? Como as mudanças climáticas podem influenciar esse sistema? Essas são algumas perguntas que o projeto “Morfologia, sedimentologia e regime dos ventos nos sistemas eólicos costeiros do nordeste do Estado do Pará”, coordenado pelos professores Francisco Abrantes e Igor Charles, do curso de Geologia da Universidade da Amazônia (Unama) quer responder.

A primeira etapa das atividades de campo ocorreu no início de junho nas regiões de Crispim e Atalaia. Foram coletados sedimentos, medidos os ventos e a relação ambiental dos sistemas de dunas com a praia, o mangue e os canais de maré. ”Já observamos que a velocidade dos ventos na região de Salinópolis é praticamente o dobro do que na região de Crispim, alcançando velocidades de até 30 km/h, favorecendo bastante o transporte de sedimentos para a construção e migração das dunas”, explica Abrantes.

MODIFICAÇÃO

A duração do projeto é de, pelo menos, um ano, podendo ser prorrogado por mais tempo. Igor Charles ressalta que os ambientes de praia e dunas estão diretamente associados. Uma mudança em algum destes sistemas pode modificar completamente a paisagem. As areias que constroem as dunas vêm da praia e os sistemas de dunas permitem a formação de lagoas (como a Lagoa da Coca-Cola) entre os espaços entre elas. “Caso o homem crie uma barreira entre a praia e as dunas, todo o ecossistema será prejudicado”, alerta.

Outro ponto importante do projeto é a definição da migração das dunas da região de Salinópolis. “Tentaremos identificar as áreas que serão afetadas pelas dunas e em quanto tempo elas começarão a atingir as propriedades a oeste/sudoeste destes sistemas eólicos, até atingirem a rodovia de principal acesso a praia do Atalaia”, antecipa Charles.

ESTUDO DE DADOS

Neste segundo semestre a equipe pretende visitar outras regiões do Estado para ter um maior controle das variações dos ventos ao longo de toda a costa paraense. Os dados obtidos na primeira etapa já estão sendo tratados nos laboratórios da UNAMA, e parcerias com outras instituições de ensino já estão sendo firmadas.

(Diário do Pará)

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