Jovem, bonita, uma vida de luxo nas redes socais. Essa era a descrição de uma traficante de drogas que atuava em uma das cracolândias de São Paulo. Presa na semana passada, Lorraine Bauer Romeiro, que ficou conhecida como a “Gatinha da Cracolândia”, não levantava suspeitas nem mesmo da própria família.
A auxiliar de cozinha Karina Pereira, sogra de Lorraine, contou em entrevista ao portal UOL que a nora era "meiga e reservada" e que "não desconfiou de nada".
"Gatinha da cracolândia" ostentava fotos com famosos
"Gatinha da Cracolândia" é presa por tráfico de drogas
André Luiz Santos de Almeida, namorado de Lorraine e filho de Karina, foi preso no fim do mês passado, suspeito de também integrar o grupo criminoso na maior feira livre de drogas da cidade de São Paulo. Eles têm uma filha de 1 ano de idade. Lorraine que também foi detida na ocasião, acabou tendo a prisão convertida em domiciliar para cuidar da filha, mas foi presa novamente na última quinta-feira (22).
"Ela [Lorraine] é uma menina meiga, inteligente e carinhosa. Dizia que me amava e me chamava de 'tia'. Era de uma família bem estruturada. Mas o meu filho também tem família. E também foi bem educado. Trabalhei em várias profissões para garantir o sustento dele e não me envergonho. Mas, infelizmente, ele fez escolhas erradas e vai responder por isso", disse Karina ao UOL.
Segundo o UOL, após a prisão de André Luiz, Lorraine se mudou provisoriamente para a casa da avó dele com a bebê em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, onde moram os parentes dele.
Reservada
A família de André Luiz conheceu pessoalmente a mãe de Lorraine após a prisão, quando ela foi ao local para buscar a neta. Segundo a família, Lorraine era reservada. Não costumava puxar assunto e ficava a maior parte do tempo mexendo no próprio aparelho celular. À noite, deixava o local com a criança, alegando que iria dormir na casa de uma prima.
Operação na Cracolândia
Na semana passada, agentes do 77º Distrito Policial, na Santa Cecília, cumpriram um mandado de prisão temporária contra Lorraine em uma casa em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.
De lá, partiram para o centro da capital, onde apreenderam o equivalente a quase R$ 10 mil em drogas em uma mochila escondida em um hotel de dois andares na rua Helvetia, em Santa Cecília.
Nos relatórios da Polícia, há imagens de Lorraine comercializando crack dentro de tendas no "fluxo" de usuários de drogas da Cracolândia, na região central de São Paulo.
Ela aparece de moletom e máscara contra a Covid-19 sentada à mesa ao lado de um homem. Na mesa, há maços de dinheiro. Tudo parece acontecer livremente.
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