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INVESTIGAÇÃO

Agência de fachada estaria aplicando golpes no Guamá

Vítima denuncia suposta lotérica que estaria funcionando há pouco mais de um mês no bairro sem levantar suspeitas entre a população local

Imagem ilustrativa da notícia Agência de fachada estaria aplicando golpes no Guamá camera Suposta agência de fachada estava funcionando na avenida José Bonifácio, no bairro do Guamá. | Reprodução

Pagar as contas e sustentar a si e a família nunca foi uma tarefa fácil. Muitos se desdobram como podem para que a comida não falte à mesa e as economias sejam suficientes para não ser perseguido por dívidas. Nessa corrida desenfreada pela sobrevivência moderna, a última coisa que o trabalhador espera é ver todo o resultado de seu trabalho em um mês ruir diante de seus olhos.

Para alguns moradores do bairro do Guamá, em Belém, não haveria outra forma de descrever essa situação dramática. Na última sexta-feira (6), começaram a circular denúncias contra uma suposta agência lotérica de fachada que estaria funcionando na avenida José Bonifácio, no referido bairro, há pouco mais de um mês. Inúmeras foram as divulgações para a inauguração do estabelecimento, chamando atenção da população local que, em um primeiro momento, não percebia nada de errado.

“Fui na quinta-feira pagar um boleto meu, me deram uma nota fiscal depois que paguei, mas um dia depois percebi que meu boleto não estava pago. Voltei para ver o que estava acontecendo e vi que estava fechada”, relembra uma das vítimas ao DOL. Ela pediu para ter a identidade preservada.

Questionada sobre o que lembra do espaço quando foi atendida, a vítima descreve os serviços oferecidos e a estrutura onde ficavam os funcionários. “Existiam três tipos de caixas: era um de pagamento, um de pagamento em depósito e outro era de crédito, parece”. E continua: “Tinha um espelho preto grande. Quem estava dentro, conseguia ver quem estava do lado de fora, mas quem estava de fora não conseguia ver ninguém. Tinham três pessoas [funcionários]. As pessoas pagavam, mas não viam quem estava do outro lado”.

A vítima registrou um Boletim de Ocorrência na Seccional do Guamá depois de ter voltado até o local para questionar a situação e se deparar com o estabelecimento fechado. Além dessa vítima, outros moradores do bairro também teriam sido vítimas da ação criminosa, inclusive os próprios funcionários.

Proprietário de imóvel também foi vítima

O advogado Marcelo Albuquerque, que representa o proprietário do imóvel, prestou informações sobre seu cliente, que disse ter percebido que também foi vítima dos supostos estelionatários.

“Assim como as outras pessoas, ele foi enganado, teve prejuízos materiais. O imóvel foi todo deteriorado pelos suspeitos no caso”, diz Marcelo. O advogado afirma que o ponto comercial alugado foi destruído após a ação dos suspeitos. “Quebraram portas, picharam o local, a fiação ficou toda exposta”, enumera.

Marcelo está representando apenas o proprietário do imóvel, mas disse que se colocou à disposição das demais vítimas que estavam desamparadas e desorientadas em frente à agência assim que a informação do golpe se espalhou pelo bairro e pelos grupos de WhatsApp.

“Eu, primeiramente, tentei entrar em contato com os locatários, o que não foi possível”, lamenta. “No momento em que as pessoas estavam reunidas, me ofereci para ajudar no sentido de ajuizar ação contra os suspeitos, procurar cobrar e acompanhar mais de perto as investigações”, explica.

Ele disse ainda que, entre as vítimas, estava no local um jovem que trabalha com divulgação, uma profissão comum no chamado comércio de rua, com fachada na calçada, para atrair o público ao estabelecimento. O jovem teria perdido todo o seu material de trabalho. “O rapaz deixou seu material dentro das dependências do imóvel. Ele perdeu caixas de som, microfone… Chorou bastante”, conta.

O caso agora é investigado pela Polícia Civil.

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