Iniciou nesta terça-feira (12), a reprodução simulada do passeio de lancha que resultou com a morte da influenciadora digital e estudante de Medicina Veterinária Yasmin Fontes Cavaleiro de Macêdo, de 22 anos, ocorrido no dia 12 de dezembro do ano passado.
A embarcação em que tudo ocorreu, que é de propriedade do jovem empresário Lucas Magalhães, está ancorada no meio do rio Maguari desde as primeiras horas da manhã. A Marinha do Brasil disponibilizou um ferryboat que está abrigando grupos diferentes de testemunhas, que estão incomunicáveis. A medida que cada um é mencionado no enredo do caso, são levados até a lancha, onde apresentam novamente suas versões sobre o fato. Em seguida, as testemunhas são levadas para uma outra embarcação, que fica a cerca de cem metros da lancha de Lucas.
Cerca de 200 pessoas estão envolvidas na reconstituição dos fatos, entre elas agentes de segurança pública conjunta de órgãos com Polícia Científica do Pará (PCEPA) que ocorre em Ananindeua, região metropolitana de Belém. A previsão é que os trabalhos vão até às 23 horas de hoje.
Ao todo 22 pessoas participam da reprodução simulada da morte de Yamim, que começou por volta de 6h da manhã e seguiu até as 23h desta terça-feira. Dos envolvidos,15 são testemunhas, três suspeitos, três funcionários da marina de onde saiu o passeio.
DIVISÃO
No primeiro grupo, as testemunhas identificadas como Hugo Magalhães, Robson, Johnson e Lucas Magalhães iniciaram os trabalhos de reproduzir os fatos ocorridos antes, durante e depois do acidente. Em seguida, por volta das 10h30, Amanda Roberta e Amanda da Silva Brazão compuseram o segundo grupo de testemunhas.
Pela parte da tarde, o terceiro grupo formado por Rafaely Rayssa, Camila Beatriz, Dielly, Luana Kelen, Alex Teixeira chegou a o local e seguindo os protocolos outra rodada de reprodução foi iniciada, às 13h30.
O quarto e último grupo formado pelo médico legista Euler Magalhães, Karen Cristina, Claudete Taiara, Daiane Negrão, Bárbara de Araújo e Karoline Ketlen apresentou as versões.
A reprodução deve seguir e ser encerrada nesta quarta-feira (13), porém de acordo com as autoridades a reprodução simulada dos fatos pode ser estendida por mais tempo se for necessário.
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CONTRADIÇÕES
A reportagem da RBATV esteve no local e surgiram novas informações sobre o caso durante a reprodução, uma delas, a de que um funcionário da marina particular disse que uma arma estava na lancha que foi dar apoio a embarcação onde estava o dono da lancha.
Segundo a testemunha, que preferiu manter o anonimato, no dia do fato, Bruno disse na marina que estaria armado, mas no depoimento policial ele havia negado a possibilidade. O relator disse ainda, que Lucas não estava armado, e nem disparou tiros no dia da morte de Yasmin.
Conforme apuração da reportagem, outras contradições também foram reveladas no durante o dia de hoje.
RESULTADO
De acordo com o Diretor-geral da Polícia Científica, Celso Mascarenhas, o laudo da reconstituição deve sair em 10 dias.
"Os atores vão um de cada vez até o local para ir descrevendo o que ocorreu, se bate com os depoimentos, até chegar no momento do fato em si, que vai ser à noite. Com isso, a gente vai ter dados suficientes para comparar com o inquérito e produzir o laudo. E a gente vai fazer o possível para liberar esse laudo até em 10 dias úteis, que é o que a lei pede", confirmou.
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