A ganancia pela partilha de bens e herança pode ter sido a motivação do assassinato da professora aposentada Maria Mendonça dos Santos, de 72 anos, que foi encontrada morta e enterrada no quintal da casa dela no bairro de São Brás, em Belém. O crime foi no final do mês de julho. A idosa desapareceu e familiares passaram a procurá-la.
O sobrinho da professora, Luiz Reginaldo dos Santos Mendonça e a ex-companheira dele, Jessyca Aniele de Araújo Silva são os principais suspeitos de ter cometido a barbárie. Os dois estão presos temporariamente. A dupla foi apresentada na tarde da última quarta-feira (17), na Divisão de Homicídios da Polícia Civil.
Jéssyca foi encontrada pelos policiais em um hotel no bairro de São Brás. Em poder dela ainda estava o aparelho de telefone celular da vítima. Em entrevista, a suspeita alegou que está sendo ameaçada e disse que quem matou a idosa foi o próprio sobrinho, a golpes de faca.
“Ele não vai confessar”, desabafou. Jéssyca disse ainda que Luiz Guilherme também a ameaçava e mandou que ela fosse embora para o Maranhão, para se esconder. Ele foi preso na própria sede da Divisão de Homicídios. Luiz Guilherme compareceu na unidade após a prisão de Jessyca e chegou lá para saber informações sobre as investigações.
Existe a possibilidade de que ele possa ter ido para tentar intimidar a ex-companheira a não revelar detalhes sobre o crime, mas acabou recebendo a voz de prisão. A motivação do assassinato pode estar relacionada a uma herança deixada pelo avô de Luiz Guilherme, que não teria se contentado em receber somente uma parte em dinheiro.
Os aparelhos de telefones celulares dos dois foram apreendidos, assim como o telefone da vítima. Os equipamentos serão periciados. Vale lembrar que Jéssyca enviou mensagens para a família, pelo perfil da vítima no Whatsapp, com a mentira de que a professora estava viajando. Os erros gramaticais levantaram a suspeita. A mulher foi a primeira a ser indiciada no inquérito.
Há alguns dias, outros familiares da professora disseram que não iriam se manifestar porque a polícia ainda estava investigando e o caso iria para a Justiça.
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