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Cabo Pardal detalha momento do tiro no peito: sangue esfriou

O cabo da Polícia Militar foi alvejado com um tiro no peito durante uma operação deflagrada em Icoaraci, distrito de Belém.

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Imagem ilustrativa da notícia Cabo Pardal detalha momento do tiro no peito: sangue esfriou camera Com 12 anos de atuação na Polícia Militar, o agente reforçou que permanecerá ativo e vigilante pelas ruas da Grande Belém. | Reprodução/Vídeo

O cabo Pardal, da Polícia Militar do Pará, levou um tiro no peito durante uma operação deflagrada em Icoaraci, distrito de Belém, na manhã deste sábado (15). Apesar do susto, ele está bem. Ao fim da atuação, ele chegou a registrar em vídeo o hematoma no peito.

O militar, junto com seus colegas de farda do 10º Batalhão da Polícia Militar (BPM), foi até a invasão Buraco Fundo atrás de um dos suspeitos apontados como o responsável pela morte de dois agentes de segurança: o sargento da reserva da Polícia Militar, Luís Fernando Monteiro Ferreira, e o policial penal Sandro José Gadelha dos Santos.

Segundo os policiais que participaram da operação, três suspeitos morreram na troca de tiros, entre eles o criminoso que era alvo dos agentes, identificado como "Nikolas".

Cabo Pardal relembra o disparo

Em entrevista à jornalista Sancha Luna, da RBATV, o cabo Pardal relembrou os primeiros momentos da operação e como reagiu ao perceber que havia sido atingido.

“Graças a Deus a gente tá preparado pra tudo. Tivemos hoje o colete que nos protegeu, mas, como eu falei, a gente tem que tá preparado para certas situações. Ninguém sai de casa pra matar, mas também não sai de casa pra morrer”, disse.

O cabo detalhou também o momento exato em que foi atingido pelo disparo, que aconteceu durante a abordagem feita aos suspeitos.

“Infelizmente, esse rapaz já correu de posse de uma arma de fogo e na hora em que eu fui abordar, ele efetuou o disparo e pegou no meu peito. Pra resguardar a minha integridade e a integridade física dos meus amigos e colegas policiais, eu efetuei o disparo em direção a ele e ele veio a óbito. Na verdade, na hora a gente fica naquela correria. Só fui perceber depois. Quando o sangue esfriou, percebi que tava doendo o meu peito, vi que o colete tava furado e o hematoma no peito, mas na hora a gente não percebeu nada”, conta.

Com 12 anos de atuação na Polícia Militar, o agente reforçou ainda que permanecerá atuante e vigilante pelas ruas da Grande Belém, mantendo vivo o sonho de ser um policial.

Materiais apreendidos após a operação
📷 Materiais apreendidos após a operação |Reprodução/Polícia Militar

Operação Trovão

A operação deflagrada em Icoaraci foi batizada de “Trovão” e teve como objetivo o combate ao tráfico de drogas e a repressão à morte dos agentes da segurança pública. A operação foi iniciada por volta de 6h deste sábado (15), com as equipes do motopatrulhamento da Polícia Militar.

Foram dois meses de extensa investigação que levou ao paradeiro de Nikolas, morto no confronto e o apontado como autor das mortes dos dois agentes de segurança.

O segundo suspeito foi identificado como Gustavo César dos Santos Ferreira. O terceiro integrante, contudo, ainda não teve o nome revelado.

“Juntamos todas as motos, marcamos os pontos e com o relatório de inteligência nós fizemos o avanço em cima da área. Sabíamos exatamente para onde eles poderiam correr e fizemos o cerco. Quando startou a operação, cada um correu para um ponto diferente, eram três pessoas e uma delas era o Nikolas, mas a equipe estava bem alinhada”, explica o major Carlos, do Comando de Policiamento da Capital (CPC).

Foram apreendidas duas pistolas, um revólver, além de um colete balístico. Os militares localizaram também uma grande quantidade de drogas e ferramentas usadas para esses fins, como balanças. "Acreditamos que seja um laboratório onde eles estavam", avalia o major.

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