Preso sob a suspeita de ser o principal responsável pela morte da modelo Luma Bony e também por ter divulgado vídeo em que aparece violentando sexualmente a jovem, Maurício César Mendes Rocha Filho, 25, possui uma extensa ficha criminal e tem o nome envolvido em pelo menos oito processos no Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Em dois destes processos há determinação de medidas protetivas em favor das vítimas e contra Maurício César Filho. Uma pesquisa com o nome dele sugere que o "hétero top" - como gostava de se apresentar nas redes sociais - estava acostumado a atacar mulheres divulgando fotos e vídeos íntimos das vítimas.
O mais grave e que gerou ainda mais provas contra ele, é que as imagens o mostram abusando sexualmente das garotas. Um destes casos aconteceu em novembro de 2021, mas somente um ano depois foi que a vítima procurou a Polícia Civil para denunciá-lo.
Praticamente, o caso só ingressou na Justiça após a morte de Luma Bony, em 9 de novembro de 2022. O que indica que o caso dela tenha encorajado outras mulheres, vítimas de Maurício, a denunciarem.
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Em janeiro do ano passado, uma vítima do "hétero top" conseguiu medidas protetivas contra ele.
Segundo a família de Luma, que tem se desdobrado entre viver o luto e buscar por Justiça, pessoas os procuraram para relatar situações semelhantes ao que ele fez com a modelo. Depois de abusar sexualmente, filmar, ele chantageava as vítimas com postagens do conteúdo sexual.
Bony Monteiro, pai de Luma, falou sobre os dias difíceis que tem enfrentado desde a partida precoce da filha. "Não tem sido nada fácil, mas se fez necessário e ter que ajudar a juntar esses pontos foi o mínimo que eu pude fazer pra trazer Justiça pra minha filha", desabafou.
"É claro que eu não fiz nada só. Tive ajuda de várias pessoas que admiravam a minha filha, a polícia como um todo vem agindo de forma exemplar, o Ministério Público e o Judiciário também fizeram o seu papel", prosseguiu Bony. "Então, isso não é um mérito meu, mas desse conjunto de pessoas que querem um mundo melhor e não compactuam com injustiça e impunidade", reforçou.
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