Após os ataques terroristas às sedes dos Três Poderes do Brasil no último dia 8 de janeiro, a Polícia Federal saiu às ruas no Pará para cumprir oito mandados de busca e apreensão contra extremistas antidemocráticos no estado.
Nesta sexta-feira (20), a PF deflagrou a Operação Última Patrulha com 46 agentes nas ruas para cumprir as medidas cautelares expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará – TRF1.
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Ao todo, seis pessoas foram alvos das investigações no Pará. De acordo com a Polícia Federal, os seis extremistas prestaram auxílio material para tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais.
Segundo a PF, eles são suspeitos de aderir, coordenar ou financiar o movimento antidemocrático que invadiu e vandalizou os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.
Duas microempresárias, um motorista, um guarda-vidas e outras duas mulheres cujas profissões são desconhecidas foram os alvos da operação desta sexta-feira. Durante a ação policial, foram apreendidos nove celulares, dois computadores, dois tablets e documentos.
Os autos do processo seguem em sigilo. Após a operação, os materiais apreendidos serão analisados e os alvos ouvidos.
INVESTIGAÇÃO
A investigação começou a partir das postagens em redes sociais de participantes do movimento contra o Estado Democrático de Direito.
As postagens tinham dois objetivos principais: organizar caravanas de manifestantes de todas as regiões do país para Brasília, para promover uma greve geral com a “tomada” dos Três Poderes através da invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, e assim instalar uma intervenção militar; e para fazer novas obstruções de rodovias federais e ataques a refinarias, portos e aeroportos nos Estados.
A Polícia Federal monitorou grupos de excursões que partiram de Belém rumo à Capital Federal, que tinham intuito de criar desordem e invasões a prédios públicos, inclusive com possíveis ataques a órgãos e empresas no Pará.
Verificou-se intensa participação de alguns extremistas que se associaram de maneira estável e permanente para incitarem publicamente o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, através do encaminhamento de mensagens pelas redes sociais.
O nome da operação, Última Patrulha, faz referência a um dos grupos mais ativos nas redes sociais – com participantes do Pará - na organização dos ataques em Brasília.
Simultaneamente, também foi deflagrada a Operação Lesa Pátria para o cumprimento de oito mandados nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
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