Quatro pessoas foram levadas pela Polícia Civil para prestar esclarecimento sobre possíveis vendas de lugares em filas de atendimento na agência da Caixa Econômica Federal, em Abaetetuba, na região do Baixo Tocantins.
O caso ocorreu na última sexta-feira (10). De acordo os policiais, os envolvidos estavam vendendo lugares para pescadores que recebem o benefício de seguro defeso, que moram no município de Muaná, no ilha do Marajó. O objetivo era fazer com que os beneficiários não enfrentassem longas filas de espera para receber atendimento bancário.
Ainda segundo policiais, os suspeitos de vender os lugares já vinham sendo monitorados desde o início da semana passada, após uma denúncia anônima informar que os pescadores chegavam à sede do banco e logo eram encaminhados para as dependências do espaço, sem passar por filas e receber senhas para atendimento, enquanto os demais clientes ficavam aguardando.
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Entre os suspeitos presos estão duas mulheres e dois homens, que não tiveram os nomes informados pela polícia.
Seguro defeso
O seguro defeso é um benefício pago por meio do Governo Federal a pescadores artesanais que ficam proibidos de exercer suas atividades durante o período de reprodução de alguma espécie. Atualmente, o valor repassado é de um salário mínimo, R$ 1.320.
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O que diz a Caixa
Em nota, a Caixa disse que repudia a venda de lugar em fila e disse que sempre comunica denúncias desse tipo às autoridades públicas competentes. Além disso, a instituição afirmou que o papel do banco como o principal agente de políticas públicas do Governo Federal é na prestação de assistência à população que mais precisa, em especial no pagamento de benefícios sociais.
A Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado sob sigilo pela Delegacia de Abaetetuba.
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