Quatro sequestradores de Igarapé-Miri estão mortos

Uma onda de sequestros patrocinados por uma facção criminosa no município de Igarapé-Miri, na região nordeste paraense, vinha sendo investigada pela Polícia Civil quando novamente o bando atacou, desta feita através de duas ações envolvendo primeiro um professor e depois um comerciante da cidade.

O crime na modalidade extorsão mediante sequestro aconteceu novamente quando a Polícia Civil tomou conhecimento de uma nova ação criminosa envolvendo faccionados na cidade de Igarapé-Miri, praticado por cinco homens.

Imagens de câmeras de segurança gravaram toda a ação. Os homens com capuzes e roupas cobrindo o rosto durante o final da madrugada abordam o comerciante e dois funcionários e sob grave ameaça os sequestram.

Os criminosos armados com pistolas e revólveres renderam as vítimas e colocaram na camionete Triton de empresário, levando-os para local do cativeiro onde passaram a exigir valores altos para liberar as vítimas.

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Como a Polícia Civil do Pará já investigava este tipo de crime, equipes antissequestro do Núcleo de Apoio à Investigação, Núcleo de Inteligência Policial e da Superintendência Regional da Polícia Civil do Baixo Tocantins, foram acionadas e iniciaram os trabalhos investigativos.

Na tarde da última terça-feira (14), os dois funcionários do empresário foram liberados sem lesões corporais e na quarta-feira (15), por volta das 17h, a vítima, identificada como Nelson, que também é servidor público aposentado, foi liberado e se encontra com sua família, sem lesões físicas.

Foi instaurado inquérito policial, análise dos vídeos de câmeras de segurança de todo o percurso do veículo, trabalho de campo e demais elementos para identificar os criminosos e prendê-los na forma da lei.

CAÇA AOS BANDIDOS

Já no início da noite desta quarta-feira (15) as equipes da Polícia Civil da DRCO e do NIP localizaram dois sequestradores já identificados como Alef Sousa Ladislau, o “Fefeu”, e Benoniel Nahum de Oliveira Júnior, o “Benoni”, os quais morreram em oposição a intervenção policial na localidade São Caetano.

Segundo o relato dos policiais civis, os dois criminosos faccionados atentaram contra a vida dos policiais com disparos de arma de fogo. Os mortos já respondiam por homicídios, tráfico de drogas e associação criminosa.

A noite de quarta-feira (15) correu célere e já na madrugada desta quinta-feira (16) mais dois do restante do bando acabaram localizados em bairros diferentes de Igarapé-Miri e ao confrontarem as forças de segurança acabaram neutralizados.

A primeira ação foi na rua Rui Barbosa no bairro Cidade Nova quando uma guarnição da Polícia Militar recebeu a denúncia que alguns elementos envolvidos em sequestros na cidade, estariam em uma residência localizada no bairro da Cidade Nova.

CERCO E REAÇÃO

Equipes da Polícia Militar, juntamente com homens do GTO, se deslocaram ao endereço e ao realizarem o cerco em torno da residência um dos suspeitos empreendeu fuga pela cozinha, saindo na lateral da casa pela área de mata, efetuando disparos de arma tipo cartucheira calibre 20 de fabricação Made in Rússia.

Ele acabou neutralizado, socorrido para a UPA da cidade evoluiu a óbito sendo identificado como Edivandro Sislael Castro de Miranda, o “Leo”, conhecido pela prática de roubos e extorsões na cidade e nas ilhas.

Em seguida, após levantamento da equipe de inteligência do CPR-IX, por volta das 19h20 desta quarta-feira (15), em incursão na cidade de Igarapé-Miri, os policiais receberam denúncia anônima que os suspeitos estariam homiziados em uma residência no bairro Boa Esperança.

Assim, diante das informações foi montada uma operação pela mesma equipe da Polícia Militar envolvida no primeiro confronto sendo que os suspeitos ao avistarem o comboio atiraram para cima dos militares que para conter a injusta agressão efetuaram disparos contra um deles identificado como Felipe Cardoso Lobato, o “Felipinho”.

O alvejado era bastante conhecido do policiamento local por prática criminosa e estava portando uma espingarda de cano cerrado de calibre 28, juntamente com dois estojos de munições, estando um deflagrado e um intacto.

Imediatamente, foi prestado socorro ao alvejado, conduzindo o mesmo até o hospital de Igarapé-Miri, no entanto, evoluiu ao óbito e os dois casos registrados como intervenção policial de agente do Estado seguido de morte.

As forças de segurança do Estado do Pará estão ocupando por tempo indeterminado o município de Igarapé-Miri até que a paz e a tranquilidade sejam reestabelecidas.