Na sessão desta terça-feira, 25, na 4ª Vara do Júri de Belém, presidida pelo juiz Claudio Hernandes Silva Lima, por maioria dos votos, os jurados reconheceram Irlon Dias Ramos, 32 anos, como autor da morte de Jorge Antônio Rodrigues Nepomuceno, 49 anos, além do roubo da pistola e de um cordão, pertencentes ao sargento reformado da Polícia Militar.
A pena imposta ao acusado foi de 16 anos pelo crime de homicídio qualificado e mais 14 pelo crime de roubo, sendo somadas e fixadas em 30 anos de reclusão, a serem cumpridos em regime inicial fechado.
A decisão acatou a acusação do promotor de justiça Samir Dahás Jorge, que sustentou a tese de autoria de homicídio com qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O promotor do júri argumentou ainda que, a torpeza foi motivada por se tratar de vingança já que o policial, foi autor da prisão do réu, anos antes do crime.
O defensor público Walbert Pantoja Brito, ao se manifestar, tratou da tese de negativa de autoria alegada pelo acusado, uma vez que a testemunha presencial o reconheceu como o executor, tanto na fase de instrução, bem como no julgamento.
Durante a sessão, o delegado Davi Cordeiro Mesquita Rocha, que atuou no caso, compareceu ao júri e relatou como chegou até a prisão do réu, que já vinha sendo investigado por outros crimes como o conhecido por “saidinha bancária”. O delegado relatou que através de rastreio do chip do celular que o réu portava, pôde identificar todo o percurso feito por ele, até a hora do crime, já que usava celular e chip roubados.
Crime
Na noite de 27 de abril de 2019, o réu saiu de casa, no Bairro de Águas Lindas, município de Ananindeua, seguiu até o bairro da Sacramenta, em Belém, onde cometeu o crime. Logo foi requerida à Justiça a prisão preventiva do suspeito.
O delegado lamentou não ter descoberto o paradeiro de dois outros cúmplices conhecidos apenas por Welington e Breno, que planejavam roubar um veículo e assaltar algum motorista. Foi quando o réu avistou o policial sentado em uma motocicleta, conversando com amigos. Foi então que Irlon, acompanhado dos comparsas, desceu do carro e disparou 15 tiros contra o PM que morreu no local. Em seguida, ele subtraiu a pistola, vendida posteriormente por R$ 500 e o cordão da vítima.
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