Na última semana, uma operação conjunta envolvendo a Polícia Federal, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho resultou no resgate de três trabalhadores que se encontravam em condições análogas à escravidão no Pará.
De acordo com informações da PF, a ação ocorreu de segunda (15) a sexta-feira (19) e teve como objetivo combater a exploração laboral nas propriedades rurais da região. Durante as diligências realizadas nas fazendas dos municípios de Santo Antônio do Tauá, Santa Izabel, Barro Branco, Vigia, Terra Alta, São Caetano de Odivelas e São João da Ponta, foram identificados ainda 24 agricultores em condições precárias.
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A operação teve início a partir de denúncias recebidas pelos três órgãos sobre a situação degradante enfrentada pelos trabalhadores que atuavam no cultivo de açaí e mandioca. As fazendas onde ocorriam essas atividades estavam situadas em áreas remotas, cercadas de mata fechada e distantes dos centros urbanos.
Com base nas denúncias, a Polícia Federal abriu três inquéritos e, ao longo da semana, mobilizou 14 agentes de segurança dos órgãos envolvidos para realizar as diligências.
Durante as ações de resgate, os trabalhadores foram encontrados em condições extremamente precárias. Eles não possuíam equipamentos adequados, não havia acesso a primeiros socorros, banheiros ou água potável. Além disso, a comida oferecida era precária, as jornadas de trabalho eram exaustivas e não havia formalização de documentos trabalhistas.
Três dos trabalhadores estavam em situação tão precária que precisaram ser retirados imediatamente do local, tendo a relação de trabalho encerrada e ficando sob a responsabilidade do Ministério Público do Trabalho. Essas pessoas e suas famílias estavam alojadas em um barraco de madeira insalubre, infestado de morcegos, sujeira, óleo e até produtos químicos.
Enquanto isso, os outros 24 trabalhadores continuam nas fazendas onde já residiam, com a condição de que os patrões cumpram todas as exigências trabalhistas. Outros casos estão sendo analisados durante o inquérito e a operação deve se estender a mais propriedades nas próximas semanas.
Durante a operação, os proprietários e gerentes das fazendas foram ouvidos pela Polícia Federal e foram indiciados pelo crime de exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão.
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