
A morte de Marcello Vitor Carvalho de Araújo, de apenas 24 anos, durante uma ação da Polícia Federal (PF) no bairro do Jurunas, em Belém (PA), na manhã da última quarta-feira (8), continua cercada por controvérsias e versões divergentes.
O episódio, marcado por forte repercussão entre familiares, amigos e servidores da segurança pública, levou o Ministério Público Federal (MPF) a instaurar, no mesmo dia, um procedimento investigatório criminal (PIC) para apurar as circunstâncias da morte.
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A ação que resultou na morte do jovem fazia parte da Operação Eclesiastes, conduzida pela PF para o cumprimento de mandados judiciais. Segundo informações de familiares em entrevista para a RBATV, Marcello foi alvejado dentro do apartamento onde morava com a mãe, que é escrivã da Polícia Civil. A versão apresentada pela Polícia Federal é de que o jovem teria reagido à abordagem e tentado desarmar um dos agentes.
No entanto, familiares contestam a versão, afirmando que Marcello não era o alvo da operação e que sua morte foi um erro. O alvo seria Marcelo Pantoja Rabelo, conhecido como “Marcelo da Sucata”, que foi preso no mesmo imóvel, que tinha um relacionamento com a mãe da vítima.
MPF cobra informações
Para dar andamento nas apurações, o MPF já requisitou informações à Superintendência Regional da PF no Pará, ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML). O objetivo é reunir dados técnicos que ajudem a esclarecer como se deu a abordagem e o disparo que atingiu Marcello.
A instauração do procedimento investigativo segue normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), incluindo as Resoluções nº 181/2017, nº 20/2007 e nº 310/2025, que regulamentam a atuação do MP em casos que envolvem a atividade policial e mortes causadas por agentes do Estado.
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Comoção e cobranças por transparência
A morte de Marcello provocou indignação entre servidores da segurança pública, especialmente por ele ser filho de uma policial civil. Entidades como o Sindpol-PA (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Pará) e a Adepol-PA (Associação dos Delegados de Polícia do Pará) se manifestaram publicamente, prestando solidariedade à família e cobrando uma apuração transparente e isenta.
O MPF destacou que acompanhará o caso de perto e que o objetivo da investigação é garantir uma apuração independente e imparcial, como forma de assegurar o direito à verdade e à justiça, tanto para a família da vítima quanto para a sociedade.
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