Em uma tarde marcada por tensão no bairro do Aurá, em Ananindeua, uma denúncia mostrou um episódio grave envolvendo abandono de incapaz e arma de fogo. O alerta sobre uma criança supostamente deixada sozinha colocou em movimento equipes do 30º Batalhão da Polícia Militar, que não imaginavam encontrar, ao final da ocorrência, uma história que mistura negligência, posse ilegal e crime organizado.
A informação chegou à supervisão do 30º BPM, que imediatamente acionou o tenente Paraense, na viatura 3003, com apoio da equipe do Recobrimento, na 3011, liberados pelo comandante, tenente-coronel Fábio Campos. O endereço indicado ficava na invasão Israel, onde o denunciante relatava que uma criança estaria sozinha em casa. Ele também descreveu a presença de uma motocicleta vermelha e de um terreno cercado por madeira, situado ao lado de uma árvore de grande porte - detalhes que ajudaram os policiais a localizar rapidamente o imóvel.
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Ao chegar ao local, os militares ouviram o choro insistente de uma criança. Eles bateram diversas vezes na porta, chamando por algum responsável, mas quanto mais insistiam, mais o pranto aumentava. Sem resposta e diante da urgência, a guarnição decidiu entrar para garantir a segurança do menor.
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A CENA DESCOBERTA DENTRO DA CASA
Dentro do imóvel, os policiais encontraram uma criança de cerca de quatro anos completamente sozinha. Ao lado da cama onde ela estava, um revólver, aparentemente calibre 32, com seis munições, três munições calibre 38 e um rádio comunicador com identificação de facção. Todo o material estava guardado dentro de uma mochila infantil, aumentando ainda mais a gravidade da situação.
A MÃE E A VERSÃO QUE NÃO CONVENCEU
Quando a equipe deixava a residência, encontrou a mãe da criança, Tayna Siqueira Ferreira, em um bar próximo, jogando baralho. Questionada sobre a arma, ela admitiu que o revólver estava sob sua responsabilidade, afirmando que um mototaxista havia deixado o armamento em sua casa naquela tarde, mas declarou desconhecer o verdadeiro dono do objeto.
A explicação não convenceu os policiais e, segundo eles, nem mesmo os frequentadores do bar acreditaram na versão.
CONSEQUÊNCIAS LEGAIS E ENCAMINHAMENTO
Diante da situação, Tayna foi conduzida à Seccional Urbana de Ananindeua. Ela foi autuada em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e abandono de incapaz, acumulando duas acusações graves que agora seguem para investigação e medidas judiciais.
A criança foi resgatada sem ferimentos, mas a ocorrência expõe novamente os riscos enfrentados por menores em situação de vulnerabilidade e a importância das denúncias feitas pela comunidade.
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