O cobrador de transporte alternativo, Eder Barbosa Chaves, foi assassinado no início da tarde de segunda-feira (21) dentro de um bar, localizado no bairro Fidelis, na ilha de Outeiro. Ele foi atingido com único tiro durante um suposto assalto no estabelecimento. Familiares acreditam que o homem foi vítima de vingança, já que possuía passagens pela polícia e atualmente respondia em liberdade pelo envolvimento no mundo do crime.

Era por volta das 14h30, quando um homem chegou de motocicleta na rua Nova do Fidelis, estacionou o veículo em frente ao estabelecimento, desceu e foi em direção ao bar onde quatro rapazes, dentre eles Eder, estariam consumindo cervejas.

“Segundo informações de testemunhas, o homem estava de capacete e jaqueta. Entrou e anunciou o assalto. Mandou todos deitarem no chão, atirou apenas em uma pessoa e depois fugiu”, contou Braga, cabo da PM/4ª Cia. Ninguém teria reconhecido o criminoso.

A dona do bar detalhou que naquela tarde, o bar estava fechado por conta do feriado e apenas vendeu quatro cervejas para os vizinhos que resolveram consumi-las ali mesmo. “Ficaram aqui conversando e o vizinho [vítima] veio. De repente minha filha gritou que um homem desconhecido ‘tava’ entrando. Quando olhei, ele já sacou a arma da cintura e apontou pra ele [Eder]. Ficamos apavorados”, disse à mulher que preferiu não ter o nome divulgado. “Os outros vizinhos foram embora assustados e o atirador não fez nada com eles. O alvo era esse rapaz mesmo”, acrescentou.

Muitos curiosos povoaram a rua onde o crime aconteceu. Uma moradora comentou que viu o homem, momentos antes do assassinato. “Ele estava lavando a van em que trabalhava como cobrador. Depois já vi quando ele entrou no bar e só ouvi os tiros. A gente chamava ele de ‘Gordo’”. Luiz Otávio da Silva, cunhado de Eder, esteve no local.

Ele confirmou à imprensa que o parente tinha várias passagens pela polícia, estaria se regenerando e respondendo aos crimes em liberdade. Porém, recebia constantemente ameaças, e neste mês sofreu um atentado, quando invadiram a casa para matá-lo. “Acredito que foi vingança”. O homem deixou seis filhos. Peritos criminalísticos realizaram o trabalho e identificaram uma perfuração na cabeça. Policiais civis da ilha e da Divisão de Homicídios também levantaram as informações preliminares para elucidar o caso que deverá ser investigado pela Delegacia de Outeiro. A polícia solicitará ainda, imagens das câmeras de segurança de dois outros estabelecimentos naquela rua, no intuito de identificar os criminosos.

(Diário do Pará)

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