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POLÍCIA

Investigador é morto com tiro no pescoço

O investigador da Polícia Civil, José Carlos Guimarães Alexandre, 55 anos de idade, foi assassinado durante uma tentativa de assalto, na noite de ontem. O crime ocorreu na travessa Angustura, entre as passagens José Leal Martins e Hortinha, bairro do Marc

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O investigador da Polícia Civil, José Carlos Guimarães Alexandre, 55 anos de idade, foi assassinado durante uma tentativa de assalto, na noite de ontem. O crime ocorreu na travessa Angustura, entre as passagens José Leal Martins e Hortinha, bairro do Marco, em Belém. Segundo uma testemunha, que preferiu não se identificar, a vítima voltava a pé para a sua residência, naquele bairro, quando foi surpreendida por dois homens em uma motocicleta. “Eles chegaram pedindo a arma, ele resistiu e não entregou. Quando tentou sacar a arma, acabou sendo atingido por um tiro no pescoço. Acredito que eles sabiam que ele (vítima) era policial e estava armado”, disse. “Os dois criminosos estavam de capacete, não deu para identificá-los”, completou.

De acordo com José Pimentel, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol), esse já é o quinto policial civil assassinado somente esse ano no Pará. Ele denuncia o descaso dos governantes e garante: a Polícia Civil, em todo o estado, apresenta um déficit de 3.000 policias.

“Falta uma política de segurança pública de investimento e estrutura melhor para o Pará e para Belém. Hoje a Polícia Civil tem um quadro muito reduzido de pessoal”, diz ele.

“Atualmente é a coisa mais natural do mundo matar um policial civil ou militar. Imagine então como fica o restante da população, que não tem um preparo e não anda armada?”, questiona José Pimentel.

De acordo com dados fornecidos pelo Sindpol, de 1 de janeiro a 30 de junho desse ano foram registradas 1.937 mortes violentas em todo o estado – entre homicídios e latrocínios (roubos seguidos de morte). O número equivale a quase metade de todas as mortes, também violentas, registradas em todo o ano de 2014 – 3.984 mortes.

“Mais um policial, um servidor, um pai de família que morre e vai entrar para as estatísticas. Infelizmente estamos na luta, denunciando as péssimas condições de trabalho da Polícia Civil que necessita de investimentos”, informa José Pimentel. “Infelizmente a gente só vê falácias dos governantes que ‘maqueiam’ essas estatísticas, tentam dizer pra população que está tudo bem, mas o dia a dia mostra que não está”, acrescenta o diretor do Sindpol.

Investigador há mais de 20 anos da Polícia Civil, José Carlos Guimarães Alexandre seguia a carreira atuando na Divisão de Homicídios e era considerado um excelente profissional e colega. “Uma excelente pessoa. Trabalhava na Divisão de Homicídios, que agora tem a função de recolher corpos. Lá os policiais são heróis, trabalham continuamente dobrado cobrindo plantões, devido a falta de profissionais suficientes”, acrescentou José Pimentel. Vários delegados da Divisão de Homicídios estiveram presentes no local do crime, mas ninguém quis dar declarações para imprensa. “Ele foi atingido por um tiro no pescoço, onde foi encontrada uma capsula de pistola 380. Nenhum pertence da vítima foi levado, nem a arma”, confirmou o perito criminal José Nazareno Mel.

Indignado com a atual situação de insegurança dos servidores que atuam na segurança pública do estado, algo que contradiz a função do profissional que trabalha em prol da segurança de toda a sociedade, José Pimentel questiona até que ponto a violência poderá chegar.

“A cidade está tão violenta que talvez só o secretário de Segurança Pública esteja em paz. Mas, para a família dos colegas e de muitos outros cidadãos que estão perdendo a vida nessa insegurança em que nos vivemos, com certeza não há paz nem tranquilidade”, desabafou José Pimentel. A polícia está atrás dos assassinos.

PARÁ SANGRENTO

1.937
Janeiro: 340 homicídios / 15 latrocínios

Fevereiro: 280 homicídios / 8 latrocínios

Março – 301 homicídios / 10 latrocínios

Abril – 300 homicídios / 15 latrocínios

Maio – 343 homicídios / 12 latrocínios

Junho - 301 homicídios / 12 latrocínios

Total: 1.937 mortes violentas

Fonte: Sindpol

(Diário do Pará)

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