A insegurança tem sido o principal “cliente” dos taxistas que trabalham na avenida Arterial 18, na Cidade Nova, em Ananindeua, nas proximidades do ginásio “Abacatão”. Em comboio, dez profissionais do volante se dirigiram para Unidade Integrada Pro Paz, na manhã de ontem, em protesto contra a situação. A motivação: um dos taxistas, que terá a identidade preservada, ficou por cinco horas nas mãos de quatro assaltantes, dentro do próprio veículo em que trabalha. O crime foi na madrugada de segunda.
De acordo com o taxista, por volta das 2h da madrugada dessa segunda-feira (07) duas mulheres acionaram para uma corrida até o bairro do Icuí. No entanto, ao chegarem ao destino, o trabalhador foi surpreendido por dois homens armados de revólver, que anunciaram o assalto.
AMEAÇAS
“Eles entraram no carro e, junto com as duas mulheres, me mandaram ficar agachado no banco detrás. A todo instante eles me batiam e ameaçavam que, se eu reagisse, iriam me matar”, disse o taxista. Ainda de acordo com o trabalhador, o quarteto afirmou que o objetivo era assaltar o dono de uma caminhonete que faz frete para o Centro de Abastecimento do Pará (Ceasa). “Eles disseram que esse homem saía todas as madrugadas com bastante dinheiro e queriam usar o meu carro para fazer o assalto. Mas, não conseguiram e eu que passei pela agonia na mão deles”, completou a vítima.
Um celular e todo o dinheiro ganho em um dia de trabalho. Foi esse o saldo negativo para o taxista que foi assaltado por quatro ladrões, na madrugada de ontem, no Icuí, em Ananindeua. Além de não se identificar, ainda muito abalado, a vítima preferiu não dizer quanto lhe levaram em dinheiro.
O taxista afirmou que, após cinco horas nas mãos dos criminosos, foi abandonado nas proximidades da Granja do Japonês, no bairro do Icuí, sem reconhecer o grupo, já que foi obrigado a não olhar para eles. Como teve o celular levado e não havia como avisar os companheiros de profissão, teve de pedir ajuda a um morador da área para telefonar aos colegas.
Eles chegaram ao local e resgataram o colega, no começo da manhã de ontem. De lá seguiram em número de dez táxis, para a UIPP do Icuí. “Essa situação está descontrolada. Ele não é o primeiro taxista do nosso ponto a passar por isso, outros já foram assaltados também. Não conseguimos mais trabalhar tranquilos”, disse o taxista André Souza.
“É uma situação crítica, principalmente para o trabalhador que sai de casa e não sabe se volta vivo. O nosso colega teve a sorte de não ter sua vida tirada, mas fica o trauma para o resto da vida. Alguma coisa precisa ser feita para diminuir essa insegurança”, concluiu o taxista Marlon Souza. O caso está sendo investigado.
(Alexandre Nascimento/Diário do Pará)
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