Ainda repercute em Curinópolis, Parauapebas, Marabá e em todo o sudeste paraense, a prisão, por parte da delegada Yanna Azevedo, de uma jovem em Curionópolis. Segundo divulgado na imprensa da região, a policial deteve no domingo (02) Maria Antônia Silva, de 24 anos, que estaria cometendo crime eleitoral (boca de urna) na cidade. A mulher ficou boa parte do dia algemada na grade da cela da delegacia, até passar mal e ser levada, no final da tarde, para o Hospital Municipal de Curionópolis. Enquanto isso, a delegada Yanna Azevedo estava atendendo as ocorrências relacionadas a crimes eleitorais no município.

A situação em que Maria ficou, o dia todo algemada e sentada em uma cadeira, teria ocasionado o mal estar. Inclusive uma foto dela, tirada na delegacia,a mostra chorando e algemada na grade. Segundo informações de testemunhas, a mulher é humilde e não estaria cometendo o crime eleitoral.

Mas a delegada diz que Antônia foi flagrada com uma quantia de R$ 1,3 e um caderno no qual continha informações de algumas pessoas e os dizeres “boca de urna”, com locais e endereços. A prisão gerou revolta entre os familiares de Maria.

A equipe de reportagem da sucursal de Marabá do DIÁRIO foi ontem às cidades de Curionópolis e Parauapebas para tentar falar com a delegada e com a mulher que havia sido presa. Ao chegar à delegacia em Curionópolis, os policiais que estavam de plantão informaram para a equipe que a delegada estava em Parauapebas, na Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher – Deam.

No local indicado, a equipe tentou entrevistar a delegada, que disse que não teria “nada a declarar”. Ela acrescentou que não iria disponibilizar quaisquer informações e saiu às pressas da delegacia.

REFORÇO

A assessoria de comunicação da Polícia Civil informou que a delegada Yanna Azevedo é lotada na 20ª Seccional de Polícia Civil, em Parauapebas, e estava em Curionópolis reforçando a segurança no município, por conta das eleições de domingo (02). Maria Antônia da Silva, de 24 anos, foi apresentada na Delegacia de Curionópolis por situação de compra de votos.

Ela foi presa em flagrante e, no local, somente há cela para detentos masculinos. Nesse tipo de crime cabe fiança e ela ficou algemada, na entrada da delegacia, numa área específica, e sentada em uma cadeira.

Assim que foi arbitrado o recolhimento da fiança, ela foi liberada para responder o processo em liberdade. Agora Maria Antônio Silva está à disposição da Justiça Eleitoral.

(Diário do Pará/Sucursal Marabá)

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