A Polícia Civil identificou um policial militar como o homem que atirou contra 2 pessoas durante uma briga dentro de uma casa de shows, em Belém, na madrugada do último domingo (19). A confirmação foi dada pelo delegado Sérvulo Cabral, da Seccional de São Brás, que iniciou as investigações sobre o caso. O nome do militar não foi divulgado e o caso foi encaminhado para a Delegacia de Crimes Funcionais (Decrif) que irá dar continuidade nas diligências. “A gente acredita que o PM irá se apresentar amanhã (no caso, hoje) na Decrif”, destacou o delegado. As 2 pessoas feridas também não tiveram os nomes divulgados, mas o quadro clínico delas é considerado estável, segundo a polícia.

A troca de tiros aconteceu durante uma briga dentro da casa de shows, localizada na Avenida Gentil Bittencourt, no bairro de Nazaré. A confusão teria sido próximo ao banheiro masculino do bar e começou depois que um cliente teria desrespeitado a companheira do militar. Na briga, o policial suspeito sacou a arma e efetuou vários disparos, atingindo 2 clientes que não estavam envolvidos na confusão.

Em seguida o atirador deixou o local sem ser impedido pelos seguranças da casa noturna. Em entrevista ao portal Diário On Line (DOL), o responsável pelo estabelecimento informou que entregou as imagens das câmeras de segurança do espaço à polícia e também confirmou que o suspeito de ter atirado era um policial militar. “Foi um policial militar que fez esse disparo lá dentro, ele se chamaria José Antônio”, disse Deusdeti Silva, responsável pela casa de shows. Ainda durante a entrevista ao DOL, Deusdeti admitiu falhas na Segurança da casa noturna. Acrescentou que o policial é amigo de um dos agentes de segurança da casa, e que este não pediu a identidade funcional do militar para que fosse registrada a sua entrada com a arma.

Para o delegado Sérvulo Cabral, da Seccional de São Brás, já não há dúvidas de que o atirador seja policial. “Um dos envolvidos na briga já foi identificado. Já está comprovado”, frisou o delegado, que manteve sigilo quanto ao nome do suspeito. “O caso agora será repassado à Decrif”, reforçou.

Por meio de nota, a Polícia Militar do Pará informou que ainda não havia qualquer registro sobre o caso na Decrif, por isso não poderia manifestar nenhum posicionamento em relação ao caso.

(Denilson D'Almeida/Diário do Pará)

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