"É revoltante! Risco de alguma bala acertar no meu filho, pois eu estava no assento atrás do motorista e a bala acertou no cobrador. Joguei meu filho no chão e em seguida me joguei em cima dele".

O relato acima é da jovem Thayanne, que por medo pediu para não ter o sobrenome revelado. Ela é uma das passageiras que estava no ônibus assaltado na noite de domingo (17), na avenida Pedro Alvares Cabral, bairro da Marambaia, em Belém. Três pessoas foram mortas em decorrência da violência no coletivo.

Durante a ação dos criminosos, Thayanne conta que só lembra do motorista pedindo para que ela tivesse calma em meio aos tiros e desespero.

"Pensei que íamos morrer. Meu filho de dois anos estava assustado, mas fico pensando como a outra criança que estava atrás no ônibus ficou e a mãe também. É muito triste tudo issso", disse acrescentando que uma situação como essa é fruto do descaso e insegurança.

No Facebook, um post publicado por Thayanne detalhou o momento de incapacidade diante da violência.

Solidária, a vítima do susto pediu conforto para quem passou pelo mesmo desespero e até ficou em situação pior.

"O medo toma conta do povo de Belém. Que Deus abençoe a vida das outras pessoas que ficaram feridas. Lamentável!", concluiu.

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(DOL)

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