Sob sol forte, por volta de meio-dia, ontem, um vendedor de sorvete passava de moto e esperava pelos clientes habituais no residencial Cabano, bairro do Tapanã, distrito de Icoaraci. Mas ao chegar na 3ª rua do bairro, ele se deparou com um vazio incomum: quase ninguém transitava pela rua e a maioria dos moradores estava trancada dentro de casa como se houvesse um toque de recolher. Quando viu o isolamento feito por policiais militares e um pano branco e verde cobrindo um corpo no chão, foi fácil de entender tudo: o residencial Cabano foi palco de mais um homicídio por baleamento, na Grande Belém.

A “lei do silêncio” imperou no local. Nenhum cidadão ousava falar sobre o assunto. Assim, a vítima do assassinato não foi identificada e nem ao menos se descobriu quem teria sido a pessoa que cobriu o corpo, a hora do crime ou qualquer outra circunstância do homicídio.

(Alice Martins Morais/Diário do Pará)

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