O Whatsapp facilitou a comunicação entre as pessoas em tempo real, mas também ajudou a trazer desinformação e construir redes que são danosas à democracia.
No Brasil, em um grupo de whatsapp, empresários trocavam mensagens sobre um golpe de estado caso o ex-presidente Lula ganhasse as eleições em 2022.
Empresários bolsonaristas defendem golpe de Estado
Juristas pediram ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que os empresários bolsonaristas que defenderam abertamente um golpe de Estado, sejam incluídos no inquérito sobre milícias digitais antidemocráticas.
Os magistrados também solicitam a apreensão de celulares dos empresários e demais membros do grupo de WhatsApp intitulado Empresários & Política, além da apuração sobre a participação deles na preparação do próximo 7 de Setembro, e da oitiva dos denunciados.
Se Moraes acatar o pedido, a Procuradoria-Geral da República (PGR) terá de se manifestar sobre as mensagens golpistas.
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A petição é assinada pela Associação Brasileira de Juristas Pela Democracia (ABJD), pela Associação de Juízes para a Democracia (AJD), pela Associação Americana de Juristas (AAJ-Rama Brasil), pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Avançados da Magistratura e Ministério Público do Trabalho (Ipeatra) e pela Comissão Justiça e Paz de Brasília (CJP-DF).
O Portal Metrópoles teve acesso ao documento, protocolado nesta manhã na Suprema Corte.
O grupo de WhatsApp, cujos bastidores serão divulgados pela coluna de Guilherme Amado em uma série de reportagens, reúne grandes empresários de diversas partes do país, como Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.
A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela coluna do Guilherme Amado.
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A defesa explícita do golpe, por parte de alguns integrantes, soma-se a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se opunham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro.
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