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NÃO ACERTOU NEM O NOME

Bolsonaro escreve "Sírio de Nazaré" e é criticado por fiéis

Presidente e candidato à reeleição, mesmo após severas críticas a um suposto uso político da Festa de Nazaré, chegou cedo ao Trapiche de Icoaraci e acompanha a procissão aquática no mesmo navio onde a Imagem Peregrina de Nossa Senhora é levada.

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Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro escreve "Sírio de Nazaré" e é criticado por fiéis camera Bolsonaro viaja na mesma embarcação que a Imagem Peregrina de Nazaré. Nas redes sociais, o perfil do presidente cometeu um erro de grafia da palavra "Círio" | Ascom/DFN e Reprodução/Redes Sociais

Não adiantou a chuva de críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o suposto uso político de sua presença em uma das procissões do Círio de Nazaré: o mandatário do país chegou cedo ao Trapiche de Icoaraci, de onde parte a procissão fluvial na manhã deste sábado (8).

Candidato à reeleição e segundo colocado na apuração dos votos no primeiro turno, Bolsonaro é acusado de vir a Belém e participar da Festa de Nazaré como forma de utilizar da imagem que um dos maiores eventos religiosos do mundo possui como palanque político para alavancar sua popularidade. Após o anúncio de sua participação na procissão, a própria arquidiocese afirmou que não convidou o presidente para o evento.

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Ele chegou pouco antes das 6h30 a Icoaraci e embarcou no navio Garnier Sampaio, da Marinha do Brasil, onde a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré é conduzida pelas águas da Baía de Guajará até a escadinha do Cais do Porto, ao lado da Estação das Docas. O trajeto aquático possui 18,5 km de extensão e está previsto para durar cerca de três horas.

Jair Bolsonaro acompanhou a procissão de dentro da cabine do comandante da embarcação. Logo à frente do navio, estava a berlinda com a Imagem Peregrina. Antes de ser colocada no receptáculo, a Padroeira dos Paraenses foi tocada pela primeira-dama Michelle Bolsonaro e demais apoiadores do presidente, que o acompanham no Círio Fluvial.

Pelas redes sociais, o presidente tentou demonstrou falta de familiaridade com a festividade, errando o nome da maior celebração católica do mundo. Postando uma foto ao lado da imagem Peregrina, Bolsonaro escreveu "Sírio de Nazaré", com a letra "S", ao invés da grafia correta "Círio", como é de conhecimento geral.

Na chegada da romaria, diversos fiéis vaiaram o presidente e protestaram contra a presença dele no Círio. Através de cartazes e gritos, devotos de Maria criticaram o que consideraram um uso eleitoreiro da festividade pelo político, que no Pará ficou atrás de Lula por 12 pontos percentuais no 1° turno das eleições.

USO POLÍTICO

Vale lembrar que, tanto o governador do Pará, Helder Barbalho, quanto o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, criticaram o uso político do Círio de Nazaré por Bolsonaro, defendendo que o momento religioso não poderia ser apropriado de forma indevida.

“O Círio de Nazaré é algo absolutamente intocável, algo que nenhum político tem o direito de se apropriar e isso é uma regra aqui para todos os paraenses. O Círio é plural. Assistir ao Círio deve ser, certamente, algo que todo cidadão, caso tenha a oportunidade de fazer, que o faça. Independente, inclusive, se aprecia a religião católica ou outras religiões. É uma manifestação tão rica, tão fantástica, católica, mas cultural. É o natal de todos os paraenses”, defendeu Helder.

“Recebi com profunda indignação a tentativa do uso político da maior demonstração de fé do povo paraense. A fé de todos os paraenses não pode ser sequestrada por uma candidatura à presidência. Aliás, de um candidato que sequer é católico. Nenhuma das candidaturas. Que o Círio seja protegido do uso eleitoreiro”, disse Edmilson.

A própria Arquidiocese de Belém, que organiza a festa católica, emitiu uma nota na noite de sexta-feira (7),afirmando que não fez qualquer convite a Jair Bolsonaro e que não permitiria o uso político da imagem da Festa de Nazaré.

REPERCUSSÃO NEGATIVA

Nas redes sociais, não faltam críticas ao presidente Jair Bolsonaro, que nunca esteve em Belém para participar de qualquer uma das procissões do Círio de Nazaré anteriormente, mesmo antes de chegar à Presidência.

Muitas pessoas, inclusive, associam a visita ao Círio com a má repercussão entre os cristãos das imagens do candidato do PL em um encontro dentro de uma loja maçônica, o que seria uma tentativa de "limpar" a imagem do candidato. A maçonaria, dentro de muitas vertentes religiosas do cristianismo, chega a ser considerada algo proibido de ser frequentado.

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