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2º TURNO

Bolsonaristas correm contra o tempo para crescer no Nordeste 

A cifra ainda fica longe dos pouco mais de 6 milhões de eleitores que o presidente precisa para passar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaristas correm contra o tempo para crescer no Nordeste  camera Presidente tenta crescer na região onde mais perdeu | Cristiano Mariz / Agência O Globo

Bolsonaristas contam no Nordeste com o reforço de novos apoios de prefeitos, para, assim como em 2018, ampliar a votação no segundo turno.

Quando se elegeu ao Executivo pela primeira vez, Jair Bolsonaro (PL) obteve 1.371.248 votos a mais no segundo turno, um crescimento de 18%.

A cifra ainda fica longe dos pouco mais de 6 milhões de eleitores que o presidente precisa para passar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mas seus aliados lembram que esse resultado foi alcançado em um momento em que Bolsonaro não era presidente. Portanto, não comandava e máquina e não tinha a seu lado partidos com capilaridade como o PL e o PP que, hoje, trabalham por sua reeleição.

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O ex-ministro da Cidadania João Roma (PL-BA) conta que, na Bahia, já há um número razoável de prefeitos que não apoiaram o chefe do Executivo no primeiro turno, mas que, agora, já declararam endosso à reeleição. Ele cita os de Brumado, Eduardo Vasconcelos (PSB), de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União) e de Barreiras, Zito Barbosa (União).

Vitória da Conquista foi comandada por petistas entre 1997 e 2016. Já Barreiras é um município ligado ao agronegócio, com produção expressiva de soja.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), que não conseguiu eleger-se ao Senado apesar do 1,3 milhão de votos que conseguiu, afirma que a expectativa em Pernambuco é dobrar o número de prefeitos parceiros, passando de 35 para 70 ou 80.

Nesta segunda-feira (10), ele comemorava o apoio de Gilvandro Estrela (União), do município de Belo Jardim, enquanto ia tentar selar nova parceria em Arcoverde, cidade comandada por Wellington Maciel (MDB).

Machado acredita, ainda, que neste segundo turno não haverá o que chamou de "voto de etiqueta", ou seja, aquele influenciado por pesquisas eleitorais. "Aqui em Pernambuco me colocavam em terceiro lugar e eu fui o segundo mais bem votado. Nosso voto orgânico vem com mais força", ele diz.

O ex-ministro vê espaço para crescer analisando os resultados das eleições para os demais cargos, nas quais candidatos conservadores como o deputado federal eleito Coronel Meira (PL-PE) e o estadual Abimael Santos (PL-PE) foram escolhidos.

Por fim, revela que a estratégia para virar o cenário na região será "informar a população", com foco nas medidas econômicas adotadas pelo governo, em especial, na queda dos preços de alguns alimentos.

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