A senadora eleita Damares Alves (Republicanos) ignorou as cobranças feitas pelo Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) sobre as declarações dadas durante um culto em uma igreja na Assembleia de Deus Ministério Fama, onde afirmou ter descoberto supostos crimes sexuais cometidos contra crianças na Ilha do Marajó, no Pará.

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Cobrada agora para que sejam apresentadas as provas do que afirmou, a ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos se esquivou das exigências e decidiu trazer um outro assunto à tona: ela expôs uma postagem do dia 2 de outubro que mostra ameaças de morte feitas a ela.

As ameaças foram apresentadas em um vídeo feito pela pastora e publicado na última segunda-feira (10) nas redes sociais. Nele, ela afirma que ainda sofre alvo do que chama de “ódio da esquerda” por expressar a fé cristã.

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“Pensei muito antes de compartilhar com vocês este vídeo!”, escreveu. Em seguida, afirmou: “Querem matar a mim e o presidente. Por que tanto ódio aos cristãos?”. Damares também usa o espaço para deixar um recado aos "evangélicos e católicos" e dizer o que motivou compartilhar o vídeo: “compartilhar essa informação com os irmãos porque muitos já viram. Inclusive, nas redes sociais. Agora, como já está sob investigação, a polícia já foi acionada, eu queria compartilhar com os irmãos”, justifica.

Foram quase três minutos de vídeo publicado e em nenhum momento a ex-ministra fala sobre os casos do tráfico de crianças e exploração sexual que declarou ter descoberto, também não mencionou as cobranças por parte das autoridades em relação ao que o atual governo fez diante do que teria sido revelado pela ex-ministra.

Ex-ministra decidiu postar um vídeo um dia após cobranças serem feitas pelas declarações dadas em um culto sobre supostos crimes sexuais no Marajó Foto: Agência Brasil

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