O partido Novo suspendeu a filiação de João Amoêdo, um dos fundadores da legenda, depois que o empresário declarou publicamente o voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o segundo turno das eleições de 2022. A informação foi divulgada pelo próprio Amoêdo, por meio das redes sociais.
Pelo Twitter, o empresário disse ter recebido a notícia com surpresa e indignação. Segundo ele, 3 dos 4 membros que votaram por sua suspensão entraram na comissão nas duas últimas semanas e o movimento tem como objetivo constranger outros filiados a não declararem seus votos.
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“Todos os mandatários que assinaram o pedido de suspensão e a expulsão declararam voto em Bolsonaro no segundo turno, e um deles é coordenador estadual de campanha do presidente", afirmou. "Apresentarei a minha defesa no Comitê de Ética do partido e tomarei as medidas jurídicas adequadas para garantir o meu direito, e de todos os filiados, de se manifestarem de acordo com a legislação brasileira e as regras internas do Novo."
Recebi com surpresa e indignação a suspensão da minha filiação ao NOVO e o pedido para minha expulsão do partido por ter declarado o voto em Lula no segundo turno. (1/11)
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) October 27, 2022
POSICIONAMENTO
O partido afirmou, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira (27), que Amoêdo ficará suspenso até o fim do processo disciplinar na comissão de ética do Novo. A sigla afirma ainda que respeitará as regras estatutárias e o direito de defesa.
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Enquanto isso, o diretório nacional da sigla diz que tomou conhecimento da suspensão nesta quinta e que a comissão analisa denúncias feitas por filiados, independentemente da direção partidária.
Esse é o ambiente que espero para o NOVO e para o País.
— João Amoêdo (@joaoamoedonovo) October 27, 2022
Por isso, reafirmo meu voto em Lula no próximo domingo.
(11/11)
APOIO A BOLSONARO
Em 2018, João Amoêdo disputou a Presidência pela primeira vez e obteve 2,5% dos votos válidos no primeiro turno, terminando em quinto lugar. No segundo turno, declarou voto no atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
"No dia 30, farei algo que nunca imaginei. Contra a reeleição de Jair Bolsonaro, pela primeira vez na vida, digitarei o 13. Apertar o botão "Confirma" será uma tarefa dificílima. Mas vou me lembrar do presidente que debochava das vítimas na pandemia, enquanto milhares de famílias choravam a perda de seus entes queridos", disse o empresário.
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