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Abatimento de Bolsonaro preocupa amigos e aliados

De acordo com um politico, Bolsonaro teme "retaliações" do Poder Judiciário quando deixar a Presidência.

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Imagem ilustrativa da notícia Abatimento de Bolsonaro preocupa amigos e aliados camera Pessoas próximas afirmaram que a antecipação da diplomação de Lula, marcada para 12 de dezembro, fez Bolsonaro ficar ainda mais abatido | ( Divulgação )

O comportamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), desde que perdeu as eleições no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anda preocupando cada vez mais amigos e aliados.

Ele tem se demostrado muito abatido desde a derrota, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele vem demonstrando comportamento passivo, sem a energia ou as explosões de fúria que sempre foram características dele.

A imagem mostrada ontem pela TV Brasil, em que generais do Exército prestam continência ao presidente, está circulando bastante nas redes sociais com o comentário irônico de que há um clima de "velório", pela expressão catatônica de Bolsonaro.

"Ele acreditava que haveria alguma mudança no quadro político, por conta das manifestações à porta dos quartéis e nas rodovias, mas acho que percebeu que não tem jeito", opinou à coluna um amigo do presidente que esteve com ele no último fim de semana, na formatura de cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio, e que mantém contato frequente por telefone.

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Um vídeo captado na formatura da Aman mostra o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão incentivando Bolsonaro a ir ao encontro dos apoiadores que estavam nas proximidades da formatura, algo que ele fez várias vezes nos quatro anos de mandato. Bolsonaro, porém, saiu sem falar com os simpatizantes.

O presidente desde o resultado do segundo turno, nunca mais encontrou com os visitantes à frente do Palácio da Alvorada, em Brasília, o chamado cercadinho.

Pessoas próximas afirmaram que a antecipação da diplomação de Lula, marcada para 12 de dezembro, fez Bolsonaro ficar ainda mais abatido. "À medida que a mudança de governo se aproxima, ele nota que a situação é irreversível", diz um político que esteve recentemente com o presidente. "A tristeza dele é preocupante, talvez seja caso médico".

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Esse politico diz acreditar que Bolsonaro teme "retaliações" do Poder Judiciário quando deixar a Presidência, especialmente por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, tem comentado nos bastidores que esperava de Bolsonaro uma postura mais ativa após a eleição, já que a ideia é que ele se torne uma espécie de líder popular da oposição. A passividade do presidente, no entanto, deixou os aliados sem saber o que fazer.

Amigos e parceiros tem criticado a postura do filho 03, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que viajou para o Qatar para assistir a Copa do Mundo com a mulher, mesmo diante da situação difícil do pai.

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