A Procuradoria Geral da União (PGR) disse ser relevante que a Polícia Federal (PF) apure os R$ 17,2 milhões recebidos por Bolsonaro em julho deste ano, com o objetivo de custear ações judiciais. O comentário da PGR se deu após os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (PT-ES) e Jorge Kajuru (PSB-GO), e da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), pedirem a investigação dos valores. O relatório final da CPI do 8 de Janeiro pediu o indiciamento do ex-presidente.
- Os congressistas afirmam no parecer que as doações têm estreita relação com o cargo ocupado anteriormente pelo político. Eles ainda citam que o PIX foi uma ferramenta fundamental para o financiamento dos atos golpistas de 8 de janeiro, além de afirmarem que a maior parte dos doadores estão entre os investigados por atentados à ordem democrática.
- A solicitação é para que o caso seja incluído na investigação sobre as "milícias digitais", processo que está em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.
- Carlos Frederico Santos, subprocurador da república, vê a necessidade da análise dos doadores, para ver se eles estão sendo investigados por atos antidemocráticos.
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O subprocurador, porém, afirmou haver "ausência de legitimidade processual dos parlamentares peticionantes", e que políticos têm usado o STF como ferramenta midiática para benefício próprio. Para ele, os parlamentares deveriam seguir pelos meios constitucionais acusatórios, noticiando os fatos primeiramente ao Ministério Público (MP).
Notícias-crime
Tradicionalmente, os fatos relatados pelos políticos são enviados como notícias-crime. Como o pedido dos políticos não seguiu esse caminho, a PGR pediu o desentranhamento dos autos, que seria nada menos que a retirada das folhas dos processos, separando-as em outro inquérito.
Doações
O total doado nos 6 primeiros meses por apoiadores foi R$ 17,2 milhões, valor 17 vezes superior ao necessário.
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