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POLÍTICA EXTERNA

"Taxa do aço" de Trump deve subir dólar no Brasil; entenda

Taxa sobre importação do aço brasileiro criada pelo presidente americano deve impactar produção e empregos no país

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Imagem ilustrativa da notícia "Taxa do aço" de Trump deve subir dólar no Brasil; entenda camera Trump ainda não assinou decreto com "taxa do aço" | Isac Nóbrega/PR

Desde que voltou à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump tem anunciado uma série de medidas polêmicas que criaram um clima de animosidade entre diversas comunidades locais e países com quem os EUA possui relações.

Na mais recente, Trump afirmou a jornalistas, durante uma viagem para assistir ao Super Bowl no último domingo (9), que qualquer aço que entrar nos Estados Unidos deve ser tarifado em 25%. Caso o desejo de Trump se concretize, a siderurgia do Brasil será diretamente afetada, com riscos como: redução da produção, aumento do dólar e corte de empregos.

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Atualmente, os Estados Unidos são os maiores importadores do aço brasileiro, atrás apenas do Canadá. Só em 2024, as siderúrgicas brasileiras venderam quase quatro milhões de toneladas de aço aos americanos, o equivalente a US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões) em exportações.

Com a sobretaxa de Trump, as siderúrgicas nacionais terão que se desdobrar para vender os excedentes da produção para outros países.

"A realocação desse volume é um desafio enorme", afirma o professor de Finanças e Governança Corporativa da ESPM, Jorge Ferreira dos Santos Filho. "A alternativa seria ampliar as exportações para a China. Outras opções seriam países da União Europeia e do Mundo Árabe, que aumentaram a demanda ao longo dos últimos anos", concluiu.

Caso o Brasil não consiga exportar o aço exced qente, o mercado nacional dificilmente conseguirá absorver a produção, já que está desaquecido, o que pode causar um aumento do dólar no país, uma vez que haverá menor entrada da moeda americana.

Desemprego pode aumentar

Caso o cenário piore, siderúrgicas poderão cortar empregos, já que ocorrerá uma diminuição da produção. Esse cenário ocorreu no primeiro mandato de Trump (2016-2020), quando o presidente americano também elevou as taxas sobre o aço.

Somente empresas brasileiras com fábricas nos Estados Unidos devem aproveitar a situação. Enquanto no Brasil, outros setores também devem sofrer com a taxação, como fornecedores da cadeia de matérias-primas, transportadoras e indústrias que dependem do aço, o que também pode ocasionar demissões em massa.

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Economia nacional não será afetada

Mesmo com a taxação, a economia brasileira será pouco afetada, já que a exportação de aço tem baixa participação no PIB (Produto Interno Bruto). Com isso, o presidente Lula pode confrontar Trump com uma sobretaxa. No entanto, tudo deve ser feito com negociação e cautela, já que a "taxa do aço" não mira somente o Brasil, mas diversos países produtores. Caso uma retaliação ocorra, Trump pode direcionar suas ações diretamente contra o Brasil, colocando na mira produtos com maior peso na economia nacional.

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