
A Prefeitura de Ananindeua encaminhou à Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 034/2025, que prevê a criação de um Gabinete de Segurança Institucional (GSI) com recursos do tesouro municipal. O valor estimado para a implantação do órgão ultrapassa R$ 4,3 milhões.
A proposta foi apresentada poucos dias após decisão judicial que bloqueou R$ 50 mil das contas da Prefeitura para assegurar o pagamento de serviços de hemodiálise atrasados há mais de um ano. A medida judicial atende a pedidos do Ministério Público, que já havia cobrado providências do Executivo municipal em relação ao não repasse às unidades de saúde conveniadas.
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Segundo a justificativa do Executivo anexada ao projeto, o novo gabinete tem como finalidade “prestar assessoramento ao prefeito, ao vice-prefeito [Hugo Atayde, do PSB] e ao presidente da Câmara Municipal de Ananindeua [Vanderray Lima, do PSDB] em assuntos de segurança pessoal e institucional, inclusive nos eventos institucionais”.
Vale ressaltar que o presidente da câmara integra o poder legislativo, e não executivo. A proposta entrou na pauta da sessão desta terça-feira (13), mas foi retirada antes de ser votada.
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Durante a sessão, a vereadora Monique Antunes (MDB) se posicionou contra o projeto. “Enquanto faltam insumos nos postos de saúde, o prefeito quer montar uma espécie de segurança institucional para si próprio. Isso é um absurdo, é uma inversão completa de prioridades!”, afirmou a parlamentar.
A parlamentar também relacionou a iniciativa do GSI com a falta de investimentos em áreas consideradas essenciais pela população. “O povo quer saúde, quer segurança nas ruas, quer transporte digno. Não precisa de um gabinete para proteger o prefeito, precisa de um prefeito que proteja o povo”, declarou.
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