
A Executiva Nacional do Partido Liberal (PL) anunciou, nesta quinta-feira (31), a expulsão do deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (SP) após declarações consideradas ofensivas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A decisão foi tomada após intensa pressão da bancada da legenda, que interpretou as críticas como prejudiciais aos interesses políticos do grupo.
Em nota oficial, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que os ataques a Trump foram vistos como uma "ignorância sem tamanho" e ressaltou a necessidade de preservar relações diplomáticas. “Chega de arrumar confusão. Temos que arrumar o Brasil”, diz um trecho do comunicado.
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Rodrigues, que está em seu primeiro mandato como deputado federal, havia ocupado o cargo de ministro dos Transportes no governo Dilma Rousseff (PT) e foi vereador da capital paulista por quatro mandatos. Ele foi procurado para comentar a decisão, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
A polêmica teve origem após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sanções financeiras contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, medidas adotadas pelo governo norte-americano após articulações feitas por Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Licenciado do mandato na Câmara desde o mês de março deste ano, Eduardo está há todos esses quatro meses nos Estados Unidos em articulação com setores conservadores do governo Trump, mantendo contatos regulares com figuras da diplomacia e da direita local.
Internamente, aliados relatam que o filho 02 vê com bons olhos qualquer medida que possa "punir" ou prejudicar o Brasil em retaliação ao avanço das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mais do que isso, ainda de acordo com os aliados, Eduardo Bolsonaro teria declarado que se sentirá “vingado” caso o Brasil enfrente consequências econômicas por conta da atuação do STF, e ainda prega mais sanções ao país, assim como a pessoas, como os jornalistas da Globo.
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Controversos
Apesar de o PL se dizer defensor da liberdade de expressão, a direção nacional justificou a expulsão como uma medida necessária para evitar ruídos diplomáticos e preservar a unidade interna do partido diante de pautas sensíveis no cenário internacional.
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