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ESTRATÉGIAS

Lula e Alckmin articulam plano emergencial contra tarifaço 

Medidas devem incluir linhas de crédito, adiamento de tributos e compras públicas para preservar empregos e empresas afetadas pelas tarifas de 50% impostas pelo governo Trump.

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Imagem ilustrativa da notícia Lula e Alckmin articulam plano emergencial contra tarifaço  camera Reunião entre o presidente e o vice está marcada para as 17h desta segunda-feira (11). | Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nem sempre a política econômica se desenrola em discursos pomposos ou grandes eventos midiáticos. Às vezes, ela se faz em reuniões discretas no Planalto, onde decisões cruciais são ajustadas para evitar que a tempestade externa derrube setores inteiros da economia. É nesse cenário que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com o vice-presidente Geraldo Alckmin nesta segunda-feira (11), para alinhar um plano de contingência capaz de conter os efeitos das tarifas de 50% que os Estados Unidos aplicaram a produtos brasileiros.

Segundo fontes próximas ao governo, a reunião marcada para as 17h no Palácio do Planalto contará ainda com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros integrantes do Executivo. O foco é preparar um pacote de ações que será anunciado ainda hoje, embora a previsão inicial fosse para terça-feira (12).

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Entre as medidas já discutidas, destacam-se a criação de linhas de crédito especiais para empresas impactadas, com o objetivo de financiar investimentos e capital de giro. Além disso, o governo deve autorizar o adiamento de tributos federais e contribuições por até dois meses, repetindo uma estratégia já utilizada durante a pandemia da Covid-19. Outra frente do plano prevê compras públicas de alimentos perecíveis, especialmente para garantir o escoamento de estoques parados, como peixes, frutas e mel - setores diretamente afetados pelo anúncio do presidente Donald Trump.

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SITUAÇÃO COMPLEXA

Alckmin, um dos principais articuladores do pacote, ressaltou a complexidade da situação, destacando os setores que mais preocupam o governo. "Tem setores que nos preocupam. Café, carne e especialmente indústria de máquinas, motores e máquinas. O produto commodity é mais fácil você encaixar em outro lugar. A indústria é mais específica, é mais difícil", afirmou ele no último sábado (9). O vice-presidente também antecipou a amplitude do programa: "Por isso, o governo está lançando - aguarde aí, 24, 48 horas - um programa bem amplo de apoio para preservar emprego e as empresas poderem retomar e fortalecer sua atividade econômica."

Para focar totalmente no planejamento do pacote, Alckmin cancelou compromissos importantes em São Paulo nesta segunda-feira, entre eles sua participação no 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio e o lançamento do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX). A ApexBrasil, responsável pelo programa, informou que a ausência ocorreu por causa de um "compromisso inadiável" do vice-presidente em Brasília.

TARIFAÇO AFETA QUASE 700 PRODUTOS

A sobretaxa imposta pelos EUA, que entrou em vigor no dia 6 de agosto, já gera apreensão no setor exportador brasileiro. A alíquota de 50% atinge cerca de 36% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, correspondendo a um valor de US$ 14,5 bilhões em 2024. Produtos como café, frutas e pescado estão entre os mais afetados pelo chamado tarifaço.

No entanto, quase 700 itens estão listados como exceções, entre eles o suco de laranja e aeronaves, que continuam sujeitos a uma taxa menor de 10%, anunciada em abril pelo governo Trump como parte de outra rodada de tarifas contra o Brasil.

O Executivo reafirma que o objetivo do plano emergencial é proteger a economia e os empregos brasileiros diante da pressão externa, oferecendo suporte imediato aos setores mais vulneráveis.

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