
Em um momento de forte tensão institucional, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou a sessão desta terça-feira (2) para reforçar a posição da Corte diante de tentativas de intimidação e interferência externa. Sem citar nomes diretamente, Moraes reagiu às recentes denúncias sobre articulações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo do ex-presidente norte-americano Donald Trump, para promover sanções contra ministros do STF.
A declaração de Moraes veio em meio à leitura do relatório do julgamento que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes. Segundo o ministro, ações coordenadas com o objetivo de coagir magistrados ou obstruir investigações não terão efeito sobre a independência do Judiciário. “Essa coação, essa tentativa de obstrução, elas não afetarão a imparcialidade e a independência dos juízes desse Supremo Tribunal Federal”, afirmou.
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Moraes também fez um alerta sobre a importância de preservar a soberania nacional, criticando o que chamou de tentativas de “venda” do Brasil em interesses estrangeiros. “A soberania do Brasil não pode e não deve ser vilipendiada, negociada e extorquida”, disse o ministro, em tom enfático, reforçando que o país não se submeterá a pressões externas ou internas que busquem enfraquecer suas instituições democráticas.
A menção à tentativa de golpe foi direta. Moraes destacou que, assim como em outros momentos da história, houve mais uma tentativa de ruptura institucional no país. “O país e sua Suprema Corte só têm a lamentar que, mais uma vez na história republicana brasileira, se tenha tentado um golpe de Estado atentando contra as instituições e a democracia pretendendo-se uma ditadura”, declarou.
Ele destacou ainda a resiliência do Estado brasileiro diante desses ataques. “As instituições mostraram sua força e sua resiliência”, completou, reafirmando o compromisso do STF com a ordem constitucional e a defesa da democracia.
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