Cerca de 300 expositores participaram da 14ª edição da Feira do Empreendedor LGBTQIAPN+, que aconteceu no último final de semana na Fundação Cultural do Pará (Centur), em Belém. A iniciativa promovida pela ONG Arte pela Vida teve como objetivo fortalecer a empregabilidade e o empreendedorismo da comunidade LGBTQIAPN+, que ainda sofre com o preconceito e a resistência para a entrada no mercado formal de trabalho.
Nesta edição, a feira enalteceu produtos e elementos que façam alusão ao Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Durante a exposição e vendas, houve shows com drag queens e a apresentação da banda da Guarda Municipal de Belém (GMB). Artistas paraenses também realizaram um grande cortejo em homenagem ao Círio, denominado “Filhos de Nazinha”.
“Esse é um trabalho para dar essa visibilidade e focar no emprego. Mostrar que é possível sobreviver e viver da produção e criação. Aqui temos pessoas que produzem coisas incríveis e que coordenamos para mostrar à sociedade que são profissionais que estão no mercado. A cada edição criamos uma expectativa enorme e por isso convidamos mesmo a sociedade a participar desse momento”, disse o coordenador do Arte pela Vida, Davidson Porteglio.
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Sobre o tema escolhido para a edição, a ideia foi trazer a fé que é forte na Amazônia. “Queríamos muito falar da Amazônia e algo que é importantíssimo, a nossa religiosidade. Acima de tudo, o povo LGBTQIAPN+ é uma comunidade que tem fé e acredita na superação. Então, com esse tema “Cores e Sabores do Círio”, buscamos falar de tudo que a gente comunga e que o povo paraense celebra”, explicou.
Entre os produtos comercializados estavam roupas, bolsas, acessórios, artesanatos diversos, itens de decoração, plantas, livros, produtos de beleza e espaço de saúde e tatuagem. Além disso, a feira também disponibilizou áreas geek, infantil e espaço gastronômico. A expectativa era movimentar R$ 600.000,00 em negócios, nos dois dias de evento.
Eliane Bezerra, 46, participa da feira há 3 anos. Ela, que trabalha com produtos feitos em crochê, diz que sente seu trabalho ainda mais valorizado em espaços que agregam a diversidade. “Aqui é uma energia diferente e as pessoas que visitam são maravilhosas. Como empreendedora me sinto muito mais valorizada nesses momentos. É muito bom ter essa oportunidade de novas conexões, aprendizado e claro, negócios”, contou.
Apoio
A universitária, Cecília Negrão, 19, lembrou que o empreendedorismo precisa ser cada vez mais apoiado e, sobretudo, divulgado. “Eu costumo frequentar muitas feiras empreendedoras, porque encontramos pessoas e trabalhos incríveis. Sempre que posso gosto de adquirir os produtos para incentivar cada vez mais esses espaços importantes para esses trabalhadores”, pontuou.
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