plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 25°
cotação atual R$


home
DIREITOS LGBTQIAPN+

CNJ proíbe juízes de negar adoção por orientação sexual

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se mostrou contra a discriminação ao proibir que juízes neguem adoção a casais por orientação sexual ou identidade de gênero.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia CNJ proíbe juízes de negar adoção por orientação sexual camera No Brasil, cerca de 5 mil crianças estão na fila de adoção | (Reprodução)

De acordo com dados do Sistema Nacional de Adoção, cerca de 5 mil crianças e adolescentes no Brasil esperam o dia em que vão receber um lar. Entre casais LGBTs+, esta também uma opção para constituir família.

Em uma decisão histórica, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se mostrou contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero ao proibir que juízes utilizem estes critérios como justificativa para negar processos de adoção de crianças e adolescentes.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:

A resolução, assinada pelo presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, segue a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), também presidido por Barroso, que reconhece a abrangência do conceito de entidade familiar para incluir famílias monoparentais, casais homoafetivos e transgêneros.

Conforme estabelecido na resolução, tribunais e magistrados devem "zelar pela igualdade de direitos e pelo combate a qualquer forma de discriminação à orientação sexual e à identidade de gênero". Fica explicitamente proibido, nos processos de habilitação de pretendentes a adoção de crianças e adolescentes, guarda e tutela, manifestações contrárias com base exclusiva na orientação sexual ou identidade de gênero, seja para casais ou famílias monoparentais, homoafetivas ou transgêneros.

Quer mais notícias de Queer? Acesse nosso canal no WhatsApp

A decisão, aprovada por unanimidade durante a sessão do Plenário do CNJ da última terça-feira (14), atende a uma representação feita pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) em junho deste ano. A iniciativa teve origem em um caso ocorrido em 2017, quando o promotor de Justiça Clóvis José Barbosa Figueira, do Ministério Público do Espírito Santo, emitiu parecer contrário à inclusão do nome do marido na certidão do primeiro filho adotivo de um casal homoafetivo, alegando falta de amparo legal.

Em resposta a essa representação, o CNJ não apenas proibiu a discriminação nos processos de adoção, mas também determinou que os tribunais de Justiça nos estados organizem cursos preparatórios interdisciplinares. Esses cursos devem abordar a possibilidade de adoção homoparental e esclarecer as garantias processuais, incluindo o direito a assistente técnico, assistência jurídica e a manifestação dos pretendentes sobre laudos ou pareceres técnicos antes da decisão judicial. Além disso, os cursos devem destacar a possibilidade de recurso em caso de indeferimento do pedido.

O senador Contarato, presente na sessão do Plenário, afirmou que a decisão do CNJ é "a materialização de um mandamento constitucional, que passa pela dignidade da pessoa humana".

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em QUEER

    Leia mais notícias de QUEER. Clique aqui!

    Últimas Notícias