O tumulto de pessoas na fila de uma casa lotérica, em Salvaterra, no arquipélago do Marajó, pode encerrar as atividades do correspondente da Caixa Econômica Federal na cidade. Em entrevista à rádio Salvaterra FM, a proprietária da lotérica, Alba Garcia, disse na quinta-feira (16), que os serviços podem suspensos por tempo indeterminado caso as pessoas continuem a fazer tumulto na porta da empresa. 

"Eu estou impossibilitada de trabalhar com o pagamento desse benefício que o governo federal está dando, porque as pessoas não querem compreender a distância entre um e outro, não querem permanecer corretamente na fila", disse Alba Garcia. Segundo ela, os clientes chegaram a agredir os funcionários que a Prefeitura de Salvaterra encaminhou ao local para evitar a aglomeração de pessoas em razão da pandemia de coronavírus. 

Segundo ela, se não houver compreensão para organização da fila, conforme as regras da Secretaria de Saúde, a lotérica irá "baixar as portas". Do lado de fora da agência lotérica, uma grande fila formou-se formada principalmente por pessoas em busca do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 concedido pelo governo federal. A Loloteca é o único correspondente da Caixa Econômica no município.

Senhas

Questionada se a lotérica poderia oferecer o serviço de senhas, como ocorre nos estabelecimentos bancários, ela disse: "Não funciona. Eu já até usei a técnica de pegar a identidade das pessoas. Já houve esse tipo de procedimento aqui na lotérica mas não funcionou".

Pessoas embaixo de sol e chuva aguardam para serem atendidos na única lotérica da cidade. Foto: Ettiene Angelim

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