O mundo contemporâneo está passando por transformações profundas nos hábitos de consumo, tanto na alimentação quanto em produtos de uso diário, refletindo uma mudança significativa nos estilos de vida e ideologias pessoais e coletivas. Uma das tendências que estão ganhando mais força e destaque atualmente é o veganismo e outras práticas semelhantes, que buscam diminuir sobremaneira o consumo de carne.
No Dia Mundial do Veganismo, celebrado em 1º de novembro, é importante notar o quanto este conjunto de práticas possui papel de destaque na preservação ambiental e no tratamento ético dos animais, que são membros valiosos de nossa sociedade. Apesar da importância, o veganismo ainda é cercado de mitos e preconceitos.
Por isso, você ainda pode se perguntar: o que é veganismo? Vamos lá. Este conjunto de práticas vai além da dieta e abrange qualquer produto ou prática que não envolva a exploração ou sacrifício animal.
O veganismo surge a partir do vegetarianismo, estilo de vida que exclui o consumo de carne animal, seja ela de mamíferos, aves, peixes ou outros organismos. Os vegetarianos optam por uma dieta baseada principalmente em alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes, grãos e sementes.
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Além do veganismo, o vegetarianismo possui outras segmentações, como Ovolactovegetarianismo (excluem carne e peixe de sua dieta, mas consomem ovos e laticínios); Lactovegetarianismo (não consomem carne, ovos ou peixe, mas incluem laticínios em sua dieta); Ovovegetarianismo (consomem ovos, mas não carne, peixe ou laticínios) e Pescetarianismo (incluem peixes e frutos do mar, mas excluem a carne de outros animais).
“Embora seja pescetariana, a importância do veganismo atualmente é tamanha, afinal também é possível de ser realizado em ações como cosméticos veganos, como produtos pra pele, shampoo, condicionador, que muitas vezes nem são tão caros como se imagina e possuem uma qualidade e responsabilidade social bem significativas”, explica Andreza Alves, empreendedora e mestra em Comunicação.
Ainda de acordo com ela, “pequenas ações podem sim colaborar para uma melhora do mundo, ainda que seja um processo lento e que deva ser acompanhado por inúmeras outras ações, de diversas ordens. Mesmo assim, aderir ao veganismo ou a algum de seus segmentos já ajuda a evitar sacrifícios animais, desequilíbrios ecológicos e o consumo de outros produtos que podem ser nocivos, a nós ou outras pessoas, em médio ou longo prazo”, enfatiza.
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Neste panorama de mudanças provocadas pelo fortalecimento de práticas veganas, a gastronomia é a área que mais ganha relevo, afinal se busca sempre aliar sustentabilidade, responsabilidade social e sabor em diversos pratos, até os mais tradicionais, como pizzas. É o que vem fazendo a pizzaria Borda e Lenha, franquia nacional que está presente em Santarém, oeste do Pará.
Ao também disponibilizar pizza vegana, a pizzaria não apenas atende aos clientes que seguem uma dieta sem produtos de origem animal, mas também surpreende até os carnívoros que buscam diversidade culinária e estão dispostos a experimentar algo novo e delicioso em suas refeições.
Para Diego Soares, responsável pela Borda e Lenha na Pérola do Tapajós, ao oferecer pizzas cuja base é “molho pesto, mussarela, cogumelo, tomate cereja, manjericão e orégano, bem como com molho pesto, mussarela de búfala, cogumelo, rúcula e orégano, não apenas entregamos sabores únicos, como também mais saudáveis e que não agridem tanto a natureza. Isso mostra a preocupação da Borda e Lenha não apenas com a melhor produção e entrega possíveis, mas também com o atual momento em que o planeta está e que é preciso que cada um faça sua parte na preservação do ambiente”, explica o empreendedor.
Além disso, ao optar por uma dieta vegana, as pessoas não apenas transformam sua saúde pessoal, mas também desempenham um papel vital na preservação do meio ambiente e na promoção do bem-estar animal. Reduzir a demanda por produtos de origem animal significa menos desmatamento para pastagens e plantações de ração, preservando ecossistemas cruciais, em especial aqui na Amazônia.
É ainda Diego que enfatiza que “muitas vezes, as pessoas ainda sentem certo preconceito com os produtos veganos. Há um estranhamento, porque em geral não somos educados para ter esta consciência e estes hábitos. Porém, isto passa quando experimentam os pratos e notam o quanto são deliciosos, não perdem em nada para os que partem da proteína animal e são mais saudáveis, o que acaba gerando um grande número de pedidos”, finaliza.
Neste novo panorama de mudanças e contextos, ao atrelar sabor e “ação social”, cada vez mais é possível notar que o veganismo, portanto, não é apenas uma escolha alimentar ou “moda passageira”, mas sim um ato de responsabilidade social e ambiental, que evidencia o quanto nossas decisões diárias podem colaborar para moldar um futuro mais saudável e equilibrado para a nossa vida e o nosso planeta.
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