
Moradora há 30 anos do bairro do Curió-Utinga, em Belém, a autônoma Raimunda Silva considera o avanço das obras de macrodrenagem nos canais do Mártir e Murutucu um sonho realizado. “Saber que não sofreremos mais com os alagamentos e que os carros de lixo, ambulâncias, viaturas da polícia conseguirão acessar a nossa rua, nos traz mais saúde, segurança e qualidade de vida. Esperada há anos, essa obra é a realização de um sonho”, celebra.
Os investimentos nos canais, realizados pela Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), desde o início de 2024, são legados da Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas (COP 30), que ocorrerá em Belém, em novembro de 2025, e beneficiam mais de 20 mil pessoas na capital.
“Estamos nos aproximando dos 50% de obra executada nos canais do Mártir e Murutucu, com serviços dentro do cronograma acompanhado pela Seop, nesta que é mais uma etapa do amplo e histórico programa de macrodrenagem de Belém. São iniciativas do Governo do Pará que levam saneamento, mas, sobretudo, proporcionam mais dignidade às pessoas que moram às margens desses espaços”, ressalta Ruy Cabral, titular da Seop.
De acordo com Maria Cecília Araújo, engenheira civil que atua na área de fiscalização da obra, atualmente, o canal do Mártir conta com o avanço dos serviços de drenagem, rede auxiliar e estrutura, enquanto a área do Murutucu segue com os serviços de retificação, troca de solo, espalhamento de seixo e evolução da urbanização (assentamento do meio-fio, preparação de talude e plantio de grama).
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“As obras impactam positivamente na qualidade de vida, infraestrutura urbana e meio ambiente da nossa cidade, reduzindo os riscos de inundação e direcionando corretamente o fluxo de águas pluviais. Além disso, o projeto vai contemplar a entrega de um viário que vai facilitar o tráfego de motoristas e de pedestres, facilitando o acesso na área”, destaca a engenheira Maria Cecília.
Para combater o alagamento na área do canal do Mártir também é necessária intervenção no canal do Murutucu. Em mais de 1,4 quilômetro até a Estrada da Ceasa (Centrais de Abastecimento do Pará) serão realizados serviços, como retificação de canal, construção de ciclovia e calçada para pedestres, além de iluminação pública, garantindo a ligação com a Avenida João Paulo II e uma nova área de lazer no entorno. Entre os 120 funcionários em atuação nas obras, o operário Civaldo de Sá Belém, que também é morador do bairro, afirma estar orgulhoso do trabalho desenvolvido nos canais. “Depois de dois anos desempregado, em setembro de 2024, comecei a trabalhar na obra. É uma sensação muito boa, porque ouvimos, todos os dias, meus vizinhos falando o quanto essa obra vai trazer melhorias para o nosso bairro, que já está muito melhor, mesmo antes da conclusão da obra”, finaliza.
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