Estudos epidemiológicos nacionais estimam que mais de 20 milhões de brasileiros, entre crianças e adultos, sofrem com asma. Desse total, cerca de 5% apresentam a forma mais grave da doença. A asma é responsável pela 4ª causa de internação no Brasil e pela morte de cerca de duas mil pessoas por ano.
A doença é geralmente ocasionada por processo inflamatório, que causa obstrução brônquica e sintomas como falta de ar, sibilância, tosse, dor no peito e opressão torácica. Os sintomas costumam ser desencadeados por infecções respiratórias, exercício e exposição a alérgenos. A asma pode ser alérgica ou não alérgica.
Corticoides inalados e broncodilatadores são utilizados no tratamento da asma, porém, nas formas mais graves, essas medicações – muitas vezes – não conseguem controlar as crises.
Qualidade de vida com os imunobiológicos
Recentemente, houve um avanço no tratamento da asma grave com o lançamento dos imunobiológicos. Esses remédios de última geração somente devem ser usados para pacientes com quadros graves que não respondem ao tratamento convencional (broncodiladores e corticoides).
O coordenador do departamento científico de asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Dr. Gustavo Wandalsen, explica que os imunobiológicos devem ser utilizados para pacientes refratários ao tratamento farmacológico tradicional. “Quando prescritos corretamente, são capazes de reduzir as exacerbações, os sintomas da asma, assim como melhorar a qualidade de vida e a função pulmonar", relata o especialista.
Alguns estudos apontam que com o uso dos imunobiológicos para o tratamento de asma grave, pode reduzir o número de internações entre 40% a 70%.
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“Com os imunobiológicos, os pacientes graves têm chance muito maior de controlar a asma, reduzir as crises e resgatar sua qualidade de vida, podendo, por exemplo, voltar a praticar esportes e realizar atividades ao ar livre”, comenta o especialista.
Muitos pacientes conseguem, com os imunobiológicos, reduzir outras medicações. “Há casos de pacientes que não precisam mais fazer uso de corticoides orais e, consequentemente, deixam de ter os efeitos colaterais que esse tipo de medicação ocasiona, como os inchaços, aumento da pressão arterial e problemas oculares”, conta o médico.
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