O número de mulheres consumindo bebidas alcoólicas aumentou nos últimos 15 anos, de 17,2% para 20,8% de acordo com o Vigitel (Sistema de vigilância de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis). Moderado ou abusivo, não há um limite seguro para o consumo de álcool. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o uso nocivo do álcool é responsável por três milhões de mortes por ano, além de ser um fator responsável por causar mais de 200 doenças e lesões.
Segundo Jully Reis, diretora presidente da Clínica Médica Voo de Liberdade, os efeitos do alcoolismo no organismo feminino tendem a ser mais fortes do que nos homens. “Os níveis da substância no sangue acabam sendo mais elevados. Isso acontece por alguns fatores, como: proporção de tecido gorduroso; concentração gástrica de desidrogenase alcoólica (enzima que realiza o processo do metabolismo do álcool no organismo) e variações na absorção da substância durante o ciclo menstrual’’, explica.
Para Jully, o acúmulo das multi jornadas também é relevante para o aumento do consumo abusivo de álcool entre as mulheres. “O acúmulo de trabalho dentro de casa, cuidar dos filhos, da profissão, do trabalho doméstico. Esse aumento das pressões acaba levando muitas mulheres a procurar no álcool uma espécie de recurso para relaxar a mente”, destaca.
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O alcoolismo pode ser o resultado de algum transtorno mental, alerta a especialista. "A ansiedade e a depressão podem ser fatores que influenciam no alcoolismo. Muitas mulheres carregam traumas da infância e adolescência e acabam dando início à dependência ainda jovens, ou desenvolvê-lo na fase adulta. Na Voo de Liberdade nós oferecemos um tratamento multidisciplinar que abrange a recuperação química e a saúde mental", conclui.
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