O humorista Carlinhos Maia compartilhou com os seus seguidores que o pai, Virgílio Maia, está com câncer no pâncreas. O caso foi descoberto no início, ele já está fazendo quimioterapia e irá passar por uma cirurgia.
"Sabe aquela certeza de que ele vai ficar bem? Ele vai fazer uma cirurgia agora. Eu peço para todo mundo que me segue mande toda a energia positiva do mundo", pediu o influenciador alagoano.
Segundo Túlio Pfiffer, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês, as cirurgias desse tipo de câncer costumam retirar cerca de um terço do órgão. Dessa forma, a parte restante consegue continuar exercendo as duas funções principais: a endócrina, de produzir insulina para controlar os níveis de açúcar no sangue, e a exócrina, produzindo enzimas digestivas que ajudam a quebrar os alimentos em nutrientes.
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"Às vezes, o tumor está enraizado, envolvendo os vasos de tal forma que ele fica espalhado. Nesse caso mais grave, não cabe uma cirurgia", explica o especialista. O tratamento nessas situações pode ser feito com radioterapia ou quimioterapia.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pâncreas ocupa a 14ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes, correspondendo a 1% de todos os casos diagnosticados e 5% do total de mortes causadas pela doença.
Os casos fatais estão ligados principalmente à demora no diagnóstico. O influenciador explicou que uma prima faleceu em decorrência do câncer de pâncreas, mas seu pai descobriu em um exame de rotina, antes de apresentar qualquer dor ou outro sintoma. "Graças a Deus não se espalhou. Justamente porque foi descoberto no início", contou Carlinhos.
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Dados do Inca apontam que a maioria dos casos afeta o lado direito do órgão, também conhecido como "cabeça". Pfiffer explica que, quando o tumor está na cabeça do pâncreas, ele fecha a vesícula biliar, causando um acúmulo de bilirrubinas, que seguem sendo produzidas no fígado sem conseguir chegar à vesícula.
Nesses casos, um dos principais sintomas é a urina escura, numa coloração preta ou amarronzada. Esse acúmulo de bilirrubina no sangue, também chamado de icterícia, deixa a pele mais amarelada e as fezes mais claras ou acinzentadas.
"Caso o paciente perceba algum desses sinais, ele precisa procurar um especialista e fazer um exame de imagem, preferencialmente uma tomografia", enfatiza. A suspeita da doença também pode surgir a partir de outras questões, como quando o médico nota um aumento da vesícula biliar ou do fígado.
Há ainda sintomas que são mais silenciosos e que podem ser negligenciados. O oncologista relata ser comum o paciente apresentar perda de apetite, emagrecimento e dores que geralmente começam nas costas e podem avançar como uma faixa para a parte de frente do corpo. "Quanto mais no início for detectada a doença, melhor a chance de tratamento", aconselha, reforçando a importância dos exames de rotina.
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