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Setembro Amarelo: entenda os riscos do cyberbullying

Prática se caracteriza através de assédio por meios digitais e provoca grandes impactos na saúde mental das pessoas. Haiters são alguns dos responsáveis

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Imagem ilustrativa da notícia Setembro Amarelo: entenda os riscos do cyberbullying camera Cyberbullying pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar e tem como vítimas principais crianças e adolescentes | Reprodução/Canva

A série "13 reasons why", produção da Netflix, aborda a história de uma adolescente que comete suicídio após sofrer uma sequência de cyberbullying dos colegas de escola. A série não apenas expõe as dores e desafios enfrentados pela personagem, mas também destaca como o bullying, tanto presencial quanto online, pode ter um impacto devastador na saúde mental das pessoas, a diferença é que segundo pode ser ainda mais impactante devido as proporções que pode tomar.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) e publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela dados preocupantes sobre o impacto do cyberbullying entre adolescentes no Brasil.

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Um em cada dez adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido ou humilhado em redes sociais. Quando se trata de meninas, esse percentual é ainda maior, alcançando 16,2%, enquanto entre os meninos, é de 10,2%. Diferente do bullying tradicional, o cyberbullying pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar.

Para a psiquiatra Daniele Boulhosa, o cyberbullying envolve assédio através de meios digitais, como redes sociais, mensagens de texto, e-mails e outras plataformas de comunicação virtual. “Esse tipo de assédio pode se manifestar de diversas maneiras, incluindo a disseminação de rumores, a publicação de comentários ofensivos na internet, a exclusão de grupos online e a divulgação de informações pessoais sem consentimento. É importante destacar que o cyberbullying pode trazer consequências drásticas, como a morte ou suicídio de alguém”, ressalta a especialista.

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No cyberbullying, as vítimas e assediadores são frequentemente crianças e adolescentes que, além de interagirem online, também mantêm uma relação física no ambiente escolar. De acordo com Daniele, essa proximidade física pode intensificar o impacto do assédio online. “As interações virtuais se somam às dinâmicas de relacionamento que ocorrem pessoalmente. A combinação de ambos os tipos de assédio pode criar um ambiente ainda mais opressor e prejudicial para a vítima, e crescendo ainda mais os efeitos negativos na saúde mental e emocional do jovem”, explica.

Ainda de acordo com a psiquiatra há uma necessidade urgente de abordar o cyberbullying com estratégias de prevenção, além de aumentar a conscientização sobre seus impactos entre jovens, educadores e pais. “É importante aplicar medidas educativas e preventivas para que todos possam reconhecer os sinais de assédio online e intervir de forma adequada. Além disso, promover um ambiente de apoio nas escolas ou instituições vítimas possam buscar ajuda e receber o suporte necessário para lidar com as consequências do cyberbullying nos dias atuais,” finaliza Daniele.

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