
A falta de tempo é, com frequência, apontada como o principal obstáculo para a prática regular de exercícios físicos. Em meio à correria do dia a dia, muitas pessoas alegam que simplesmente não conseguem encaixar atividades físicas na agenda. No entanto, uma análise mais cuidadosa sugere que o tempo, em muitos casos, até existe — mas acaba sendo consumido por outras atividades, como o uso prolongado de redes sociais.
Por outro lado, há quem realmente enfrente uma rotina apertada, repleta de compromissos profissionais, tarefas domésticas e responsabilidades familiares. Para essas pessoas, encontrar soluções práticas e acessíveis para manter o corpo em movimento é fundamental. Nesse contexto, os exercícios em casa — que ganharam popularidade durante a pandemia — continuam sendo uma alternativa viável, econômica e sem a necessidade de deslocamentos.
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Cinco minutos por dia podem fazer a diferença
Um estudo recente realizado na Austrália lançou luz sobre a eficácia de um modelo de treino bastante enxuto: apenas cinco minutos diários. A pesquisa envolveu 22 adultos inativos, com média de 50 anos de idade, que se submeteram, ao longo de um mês, a uma rotina simples composta por quatro exercícios com o peso do próprio corpo: agachamentos, flexões na parede, abdominais e exercícios para panturrilha.
Cada exercício era realizado em uma única série de dez repetições, com ênfase na fase excêntrica do movimento (quando o músculo alonga sob tensão). A proposta, apelidada de “snacks de exercício”, permitia que os participantes escolhessem o melhor horário do dia para se exercitar, mantendo a flexibilidade da rotina.
Resultados animadores em pouco tempo
Apesar do tempo reduzido de treino, os resultados surpreenderam. Houve ganhos significativos em força e resistência muscular, especialmente no desempenho de flexões e abdominais. Alguns participantes, inclusive, relataram progressos que os motivaram a tornar os exercícios mais desafiadores ao longo das semanas.
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Contudo, os pesquisadores não identificaram mudanças expressivas na composição corporal — como perda de gordura ou ganho de massa muscular — nem em parâmetros cardiovasculares. Isso indica que adaptações mais profundas podem exigir programas de treino mais longos e, possivelmente, ajustes na alimentação.
Treinos curtos como porta de entrada
Especialistas destacam que os treinos curtos podem ser uma excelente porta de entrada para uma rotina mais ativa. Além de melhorar a força, eles contribuem para a qualidade do sono, o humor e o bem-estar geral. A recomendação para quem está começando é escolher atividades prazerosas e incorporar elementos que aumentem a motivação, como ouvir música ou podcasts durante o treino.
Muitos dos participantes do estudo afirmaram sentir-se mais dispostos e saudáveis após um mês, e alguns relataram ter iniciado novos programas de exercício físico após a experiência.
Como manter a motivação no longo prazo
A manutenção da prática regular de exercícios continua sendo um desafio para grande parte da população. Para driblar a desmotivação, especialistas sugerem o estabelecimento de metas realistas, a celebração de pequenas conquistas e a variação nos tipos de treino. Encontrar prazer na atividade escolhida também é fundamental para a continuidade.
Sendo assim, mesmo com pouco tempo disponível, é possível colher os benefícios da atividade física. Com estratégias simples e realistas, adaptar o exercício à rotina se torna não apenas viável, mas também eficaz para a saúde e o bem-estar a longo prazo.
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