Veja os riscos do remédio que promete melhorar o sexo

Falar sobre impotência sexual ainda pode ser um tabu para muitos homens, podendo causar constrangimentos, vergonha e baixa estima. No Brasil, estima-se que 16 milhões de pessoas do sexo masculino sofram com essa condição, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Por conta disso, muitos homens recorrem à remédios da moda, como o famoso tadalafila, que promete melhorar o desempenho sexual. No entanto, o acesso à esse tipo de medicação deve ser feito com cautela.

Segundo o médico urologista e cirurgião robótico Felipe Merlo, explicou como o tadalafila age e quais os riscos de usá-lo sem a devida recomendação.

“A tadalafila atua inibindo a enzima fosfodiesterase-5 (PDE5), causando relaxamento dos vasos sanguíneos e permitindo maior fluxo de sangue. No caso da ereção, o relaxamento dos vasos aumentam o fluxo sanguíneo, com consequente melhora da rigidez”, disse.

O especialista destaca ainda que há diferença entre as medicações mais usadas para este fim. “A tadalafila tem duração de ação de cerca de 36 horas, enquanto o Viagra (sildenafila) dura cerca de 4 horas. A tadalafila pode ser usada de forma contínua. Já o sildenafila geralmente é usado antes do ato sexual”.

Felipe ressalta que a medicação também costuma ser usada no tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB) - crescimento da próstata, que leva à obstrução de saída da bexiga.

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“A dose diária de 5 mg ajuda a aliviar sintomas do trato urinário inferior (jato fraco, urgência, nictúria), especialmente em homens que também sofrem de disfunção erétil. O efeito ocorre por relaxamento da musculatura lisa da próstata e bexiga”, explica.

O urologista Camilo Milanez alertou que esses medicamentos vasodilatadores não devem ser consumidos por quem usa remédios que contêm nitrato, como os usados no tratamento de pressão alta.

“É importante destacar que homens com pressão alta podem tomar tadalafia, desde que não façam uso de medicamentos à base de nitrato. Se ele tiver um problema cardíaco, deve passar por uma avaliação cardiológica antes”.