Novos celulares Android no Brasil terão proteção antifurto 

Um dos desafios em cidades é o combate ao crime organizado, além de roubos e furtos de celulares que podem demorar anos para serem recuperados. Pensando nisso, empresas de aparelhos eletrônicos têm desenvolvido funcionalidades para proteger seus usuários.

Durante o evento Google for Brasil, realizado na última segunda-feira (10), o Google anunciou que todos os smartphones Android vendidos no país a partir do segundo semestre de 2025 virão com recursos antifurto ativados por padrão, desde que equipados com a versão 15 do sistema operacional. A medida também valerá para dispositivos que forem restaurados para as configurações de fábrica no mesmo período.

A principal novidade é a ativação automática de duas ferramentas de segurança já disponíveis em versões anteriores do Android, mas que antes exigiam configuração manual:

• Bloqueio por detecção de roubo: o sistema utiliza inteligência artificial para identificar movimentações bruscas características de furtos — como quando um aparelho é arrancado da mão do usuário e levado rapidamente — e bloqueia o dispositivo de forma automática. Dessa forma, impede o acesso não autorizado.
• Bloqueio remoto simplificado: em casos de perda ou roubo, o usuário poderá acessar a página android.com/lock, inserir o número de telefone e bloquear o aparelho à distância, sem a necessidade de login em sua conta Google.

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Segundo o Google, o recurso de bloqueio por detecção de roubo já foi ativado em quase 50 mil aparelhos. Em 48 mil deles, o sistema permaneceu bloqueado por pelo menos 48 horas, o que indica que os dispositivos provavelmente foram alvo de furto e não conseguiram ser acessados pelos criminosos. Já a funcionalidade de bloqueio remoto registrou um aumento de 30% no uso durante o último Carnaval.

Atualmente, os dois recursos estão disponíveis para celulares com Android 10 ou superior, mas exigem ativação manual.

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Android 16 trará ainda mais proteção

O Google também antecipou uma nova camada de segurança que será incorporada ao Android 16, previsto para chegar a modelos selecionados ainda neste ano. A nova versão exigirá verificação biométrica e presença em local seguro pré-configurado para realizar alterações críticas no sistema, como redefinições de fábrica.

"A ideia é fortalecer as defesas contra tentativas de roubo. Hoje, a maioria das soluções combate o furto. Mas e quando alguém ameaça o usuário com uma arma para obter a senha?", explicou Fabrício Ferracioli, gerente de parcerias técnicas do Android no Brasil.

Com o Android 16, ações sensíveis só poderão ser realizadas com autenticação biométrica e dentro de localizações previamente definidas como seguras pelo próprio usuário — por exemplo, em casa ou no trabalho. A funcionalidade já está presente em dispositivos da Samsung com a interface One UI 7.

As novidades fazem parte dos esforços do Google para ampliar a segurança dos usuários no Brasil, país que enfrenta altos índices de furtos e roubos de celulares.