"Sem refeição e sem lugar "cômodo" para dormir". Esse é o atual quadro que os acompanhantes de pacientes do Hospital Ophir Loyola (HOL) vivem. De acordo com denúncia anônima recebida pela equipe de reportagem do DOL, uma "ordem do diretor do HOL, com o intuito de "cortar gastos", proibiu o direito de alimentação para acompanhantes", com exceção para  os que precisam ficar com crianças (até 12 anos incompletos) e idosos (60 anos ou mais).

Ainda segundo a denúncia, "não foi levado em consideração que muitos pacientes são de outros municípios do Estado ou até mesmo de outros lugares do país".

Durante inauguração do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, anexo do Ophir Loyola, na última segunda-feira (12), servidores do hospital e membros da Associação dos Concursados do Pará (Asconpa) protestaram com cartazes em frente ao local que tinha a presença do governador Simão Jatene. Eles reclamavam das péssimas condições de trabalho.

"Existe uma lei que garante alimentação para pacientes e acompanhantes que morem a 50km de distância do hospital de referência. Então essa lei não vem sendo colocada em prática", reforça o internauta que fez a denúncia.

Através de nota, o HOL disse que "em relação à alimentação de acompanhantes de pacientes, o Hospital Ophir Loyola informa que os acompanhantes que tem direito à alimentação a recebem adequadamente, conforme legislação". "O HOL ressalta que para amenizar situações de pessoas mais vulneráveis, disponibiliza alimentação para alguns grupos como, por exemplo, acompanhantes de crianças até 14 anos, de adultos acima de 60 anos, de pacientes em pós-operatório imediato e de pacientes que residem em outros municípios", diz o texto. "O hospital também esclarece que a administração pública é pautada pelo princípio da legalidade, de modo que as instituições públicas só podem agir conforme autorizado em lei", finaliza a nota encaminhada.

(DOL)

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