
Você já ouviu falar na história do "Bebê-Diabo"? O nascimento de um bebê estampou a capa do jornal Notícias Populares, no dia 11 de maio de 1975, em um hospital de São Bernardo do Campo, cidade do ABC Paulista. As informações são da Super Abril.
A notícia anunciava, com letras garrafais, o nascimento de um bebê de "aparência sobrenatural, com todas as características do diabo, em carne e osso”, que já chegou ameaçando a própria mãe de morte.
Segundo a publicação, a criança possuía o corpo cheio de pêlos, dois chifres pontiagudos, um rabo de aproximadamente 5 cm e o olhar feroz, “que causava medo e arrepios”, vinda de um “parto incrivelmente fantástico e cheio de mistérios”.
Nenhuma outra publicação noticiou a história. A edição esgotou em 2 mil bancas que vendiam o jornal e, até o dia 8 de junho, foram feitas 27 reportagens sobre o assunto.

Por que o bebê nasceu assim?
O jornal deu duas explicações para a "formação do bebê". A primeira versão foi de que a mãe, convidada para uma procissão na Semana Santa, teria batido na barriga e afirmado: “Não vou enquanto esse diabo não nascer”.
A segunda, é de que, de acordo com um suposto médico, ela teria criado “descargas magnéticas negativas” ao desabafar: “Por causa desse diabinho, não posso ir dançar”.
O público também virou notícia. De um lado, uns garantiam ter visto a criança que "rosnava como cachorro" e "limpava as unhas com o próprio rabo". Do outro, questionavam a veracidade da existência: "Então, por que não o mostram?".
Uma outra edição do jornal publicou que o bebê-diabo ameaçou funcionários de morte, rasgou travesseiros com os cifres e fugiu, saltando pela janela do 3º andar.

Com o passar dos dias, a história do bebê-diabo ganhava menos força. O final foi de que ele teria sido sequestrado por pessoas dispostas a queimá-lo vivo.
Mas, será verdade?
O que se sabe é que o jornal que publicou a terrível história do bebê-diabo era famoso por bolar notícias sensacionalistas.

Em maio de 1975, ano em que a história explodiu, o repórter Marco Antônio Montadon, da Folha de S.Paulo, foi ao ABC confirmar o relato de que havia nascido uma criança com “duas saliências na testa” (chifres) e “prolongamento no cóccix” (rabo). Mas eram apenas más formações, que foram corrigidas com cirurgia.
Anos antes, um filme com a história parecida causou pânico no Brasil e no resto do mundo: "O Bebê de Rosemary (1969)".
O mesmo jornal que publicou a história do "Bebê-diabo" já havia soltado matérias sobre a “loira fantasma” e o “vampiro de Osasco”.
E você, internauta, acredita nas crendices sobrenaturais? Já vivenciou algo de arrepiar?.
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