Segundo dados do segundo volume da Pesquisa Nacional de Saúde 2019,  produzido pelo  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no país entre 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%. Nesse período, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2% , enquanto a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%.

O Food and Drug Administration (FDA), órgão similar à Agência Nacional de Saúde nos Estados Unidos, aprovou em julho deste anos um novo medicamento que pode ser utilizado no emagrecimento que usa a substância semaglutida, que segundo os médicos, pode trazer uma grande melhoria no tratamento de pacientes com sobrepeso e obesidade.

Desenvolvido inicialmente para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2, o medicamento é aplicado com uma “caneta”, mesmo método usado para outros tipos de remédio e insulinas.

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O tratamento para o controle do peso é indicado para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 ou quando o sobrepeso acarreta problemas como apneia, hipertensão ou a própria diabetes. Em ensaio clínico, os voluntários perderam em média 12,4% de seu peso corporal. Em um segundo, a média foi de 6,2%.

Semaglutida

Quando comemos, o hormônio GLP-1 comunica para o cérebro iniciar a produção de insulina para que a glicose seja absorvida pelas células. É sobre esse hormônio que a semaglutida age. Enquanto o nosso hormônio dura 10 minutos de forma natural, a substância sintética trabalha por uma semana. Desta forma, a sensação de fome desaparece por mais tempo.

Efeitos colaterais

Como qualquer medicamento, a semaglutida também pode gerar efeitos adversos. Entre os sintomas, estão náusea, diarreia ou prisão de ventre, e dor abdominal.

Há ainda a possibilidade do paciente ter dores de cabeça, fadiga, indigestão, tontura, distensão abdominal, refluxo, flatulência e hipoglicemia (quando o nível de açúcar no sangue despenca).

Vale destacar que o medicamento tem um custo alto, que beira os 1,3 mil dólares. Além disso, ainda são necessárias algumas avaliações, como seus efeitos de longo prazo.

Foto: Reprodução

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