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TOQUE ANCESTRAL

Impressão digital de 43 mil anos é descoberta na Espanha

Marca feita por neandertal pode ser a mais antiga já registrada e indica capacidade simbólica da espécie

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Imagem ilustrativa da notícia Impressão digital de 43 mil anos é descoberta na Espanha camera Impressão digital deixada por um neandertal é encontrada por arqueólogos. | Reprodução/D. Álvarez-Alonso et al., Archaeol Antropol Sci

Um toque milenar achado recentemente pode reescrever parte da história da humanidade. Arqueólogos espanhóis anunciaram a descoberta de uma impressão digital que pode ser a mais antiga já registrada, deixada há cerca de 43 mil anos por um neandertal. A marca foi encontrada em um abrigo rochoso no centro da Espanha e levanta novas questões sobre a capacidade simbólica e artística da espécie humana.

A impressão foi identificada em um seixo de granito com coloração ocre no sítio arqueológico de San Lázaro. Segundo os pesquisadores, a digital foi feita de forma intencional, com o dedo mergulhado em pigmento vermelho.

A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade Complutense de Madrid, do Instituto Geológico e Mineiro da Espanha, da Universidade de Salamanca e da Unidade de Polícia Científica da Polícia Nacional Espanhola, e publicada na revista 'Archaeological and Anthropological Sciences'.

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Para chegar à conclusão, os especialistas usaram tecnologias avançadas como escaneamento 3D a laser, imagens multiespectrais e microscopia eletrônica. O resultado revelou padrões completos de cristas, bifurcações e pontos de convergência, característicos de uma impressão digital humana, possivelmente de um neandertal do sexo masculino.

Além da marca em si, o posicionamento do ponto vermelho entre reentrâncias da pedra chamou a atenção dos pesquisadores. A combinação lembra traços faciais, como olhos e nariz, o que sugere uma representação simbólica de um rosto humano. Simulações estatísticas mostraram que há apenas 0,31% de chance de esse arranjo ter ocorrido por acaso, o que fortalece a hipótese de uma intenção artística ou simbólica por trás da criação.

Outro fator que reforça essa teoria é que o pigmento vermelho não é encontrado naturalmente no local, o que indica que foi trazido de outro ambiente, possivelmente do Rio Eresma, a cerca de 5 km dali, onde a própria pedra pode ter sido coletada. O objeto, com 21 cm de comprimento, também não apresenta sinais de uso como ferramenta e o formato difere das demais peças típicas da era Mousteriana encontradas no sítio.

"Esta é uma contribuição para a nossa compreensão da capacidade de abstração dos neandertais e de como esta pode ter sido uma das primeiras simbolizações faciais humanas na pré-história", afirmaram os autores do estudo.

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Quem foram os neandertais?

Os neandertais (Homo neanderthalensis) habitaram a Europa e partes da Ásia entre 400 mil e 40 mil anos atrás. Apesar das diferenças físicas em relação ao Homo sapiens, estudos apontam que eles tinham inteligência avançada, dominavam a produção de ferramentas e armas e possivelmente se comunicavam por meio da fala.

A nova descoberta reforça a ideia de que os neandertais também possuíam pensamento simbólico, uma característica que antes se acreditava exclusiva dos humanos modernos.

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