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Santo Sudário não foi feito pelo contato com um corpo, diz estudo

A pesquisa brasileira refuta a ideia que o tecido é sagrado e sugere que o mesmo sequer representa um corpo humano real. Entenda!

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Imagem ilustrativa da notícia Santo Sudário não foi feito pelo contato com um corpo, diz estudo camera A descoberta abalou os argumentos dos que viam o sudário como uma relíquia do século I e alguns cientistas alegaram que a amostra analisada poderia ter sido uma parte remendada de tecido, o que poderia ter interferido no resultado. | Foto: Reprodução

A lenda diz que o Santo Sudário foi o pano usado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua morte e sua imagem teria ficado no tecido. Uma outra versão da história considera o artefato como uma obra medieval ou ainda uma falsificação produzida séculos depois pelos eventos descritos nos evangelhos.

O tecido feito de linho com cerca de 4,4 metros de comprimento por 1,1 metro de largura mostra a imagem frontal e traseira de um homem com barba e cabelo longo, mãos cruzadas sobre o baixo-ventre e marcas que parecem com ferimentos causados por flagelação e crucificação.

O mistério em torno do tecido parece ainda maior por conta do artefato se assemelhar a um negativo fotográfico. As primeiras menções históricas remetem ao ano de 1355, na cidade de Lirey, na França, sob a guarda de um cavaleiro.

A partir desse momento, o tecido passou a ser venerado por fiéis, apesar de ser alvo do ceticismo. Pouco tempo depois, em 1389, o bispo da cidade declarou a peça era uma falsificação e proibiu sua exposição.

Apesar disso, o artefato continuou sendo protegida por membros da nobreza, e eventualmente foi transferida para o Ducado de Savóia, e mais tarde, para Turim, na Itália onde permanece até o presente momento.

Em 1988, um dos episódios mais emblemáticos na discussão sobre a autenticidade do Sudário aconteceu quando três laboratórios independentes realizaram testes de datação por carbono-14. Os resultados apontaram que o tecido foi produzido entre os anos 1260 e 1390 - ou seja, na Idade Média.

A descoberta abalou os argumentos dos que viam o sudário como uma relíquia do século I e alguns cientistas alegaram que a amostra analisada poderia ter sido uma parte remendada de tecido, o que poderia ter interferido no resultado. A discussão segue em aberto.

Novos estudos

Uma nova pesquisa publicada na revista Archaometry e liderada pelo designer brasileiro Cícero Moraes reforça a ideia de que o Sudário não tem origem na Antiguidade e além disso, sugere que a imagem do tecido sequer representa um corpo humano real.

Com técnicas de modelagem 3D e reconstrução facial forense, Moraes analisou as proporções do homem representado no pano e percebeu algumas incoerências. “Quem trabalha com 3D e entende um pouco de anatomia, ao bater o olho na imagem do sudário, percebe algumas incongruências”, afirma ele à Super.

“No meu caso, inicialmente percebi um problema de deformação. Depois, ao analisar com mais atenção, notei que a anatomia não era compatível com a de uma pessoa viva. Um dos braços era maior que o outros membros estavam excessivamente retos — e o corpo humano não é assim.”

Ainda segundo o pesquisador, ainda que se considere que a imagem tenha sido distorcida por irregularidades no tecido, os desvios observados não correspondem a padrões anatômicos naturais. "O que encontramos é algo mais próximo de uma construção artística do que de uma representação fiel de um corpo.”

Em um vídeo publicado no Youtube, ele propôs um teste simples para ilustrar o ponto: “Qualquer adulto cuidadoso pode testar isso em casa, por exemplo, pintando o rosto com algum pigmento líquido, usando um grande guardanapo ou toalha de papel, ou até mesmo um tecido, e envolvendo-o ao redor do rosto. Depois, retire o tecido, espalhe-o em uma superfície plana e veja a imagem resultante”.

Face de Jesus no Santo Sudário é reconstruída por IA

Um projeto utilizou inteligência artificial para reconstruir a suposta imagem de Jesus Cristo no Santo Sudário.

Com a ajuda de algoritmos avançados, especialistas processaram fotografias em alta resolução. O processo começou com a identificação de detalhes faciais pouco perceptíveis a olho nu, extraindo formas e proporções que serviram de base para a reconstrução digital.

Após isso, o programa cruzou essas informações com bancos de dados antropológicos da região do Oriente Médio do século I, buscando aproximar ainda mais o resultado ao contexto histórico atribuído ao personagem retratado pelo tecido.

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